domingo, 24 de novembro de 2024
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Vai a júri popular motorista de aplicativo que atirou em motoboy

Vai a júri popular o motorista de aplicativo Jonas Ferreira Albino, de 31 anos, que em abril deste ano atirou em um motoboy de 43 durante uma discussão de trânsito…

Vai a júri popular o motorista de aplicativo Jonas Ferreira Albino, de 31 anos, que em abril deste ano atirou em um motoboy de 43 durante uma discussão de trânsito no Jardim América. A vítima ficou tetraplégica.

O crime teve bastante repercussão na cidade devido à banalidade.

A sentença de pronúncia foi publicada nesta sexta-feira, 17, pela juíza da 3ª Vara Criminal, Carolina Cocenzo, após audiência de instrução no Fórum de Rio Preto.

O Ministério Público denunciou o motorista por tentativa de homicídio qualificada por motivação fútil.

As investigações, realizadas pelo delegado Alceu Lima de Oliveira Júnior, da Deic, apontam que Jonas transportava uma passageira quando se envolveu em uma discussão de trânsito.

O motorista de aplicativo avançou o pare em um cruzamento e quase provocou uma colisão com a vítima, que trabalhava como entregador de comida.

Houve bate-boca e Jonas, sob a justificativa de ter sido agredido com um soco no rosto, sacou um revólver calibre 32 e atirou no pescoço do motoboy, que caiu inconsciente.

O testemunho de um policial aposentado que transitava pelo local no momento do crime foi determinante para identificar o autor do crime.

Chama atenção a frieza do motorista. Ao ser preso, cinco dias após a tentativa de homicídio, ele afirmou que ainda realizou outras dez corridas antes de encerrar o turno. Já na audiência, mudou a versão e disse que voltou para casa.

Outro detalhe inusitado do caso foi o fato de a passageira não ter denunciado o crime que testemunhou de dentro do veículo quando a Polícia Civil ainda não sabia quem era o autor. A mulher se apresentou espontaneamente na Deic somente após ser procurada por Jonas, que informou ter sido identificado. Ela defendeu o motorista, dizendo que ele reagiu após ser agredido. E que mesmo após os fatos, o prestador de serviços foi “extremamente profissional”, concluindo a corrida até o trabalho dela.

Após ser preso preventivamente, Jonas indicou onde escondeu a arma utilizada no crime.

Em juízo, afirmou ser pastor da Igreja Universal do Reino de Deus, com atuação em presídios, e disse ter se arrependido da reação violenta.

Ele é investigado por mais dois homicídios, que não são detalhados no processo, mas alega estar sendo acusado injustamente.

Representado pela Defensoria Pública, o réu ainda pode recorrer da sentença de pronúncia.

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