O deputado federal Vadão Gomes (PP) reeleito nas eleições do último domingo comemorou ontem, em Rio Preto, a prisão de 91 pessoas ligadas ao comércio de carne, envolvidas num esquema de sonegação fiscal que causou um rombo de R$ 2, 2 bilhões só na região. Ele negou participação de suas empresas no esquema e quer maior rigor na legislação fiscal.
Segundo Vadão, a concorrência “era desleal, além de haver sonegação de impostos. Essa gente atrapalhava o mercado na região”, afirmou. O deputado é empresário do setor frigorífico há mais de vinte anos e domina o mercado no Estado de São Paulo, principalmente na venda de embutidos.
A operação da Receita Federal, Secretaria da Fazenda, Ministério Público e Polícia Federal desencadeada em Jales, Fernandópolis e Rio Preto prendeu pessoas que operavam na venda de notas fiscais “frias” para a venda de carne.
Em Rio Preto, em escritórios localizados no bairro Boa Vista, agentes da Polícia Federal prenderam funcionários e proprietários de escritórios que eram especializados em venda de notas fiscais.
Para o deputado Vadão Gomes, a ação do grupo liderado pelo frigorífico Mozaquatro, de Jales, “vinha de muito tempo fazendo concorrência desleal com o setor legalizado”. Reeleito para mais um mandato de quatro anos, o deputado prometeu encaminhar propostas de alterações na legislação fiscal, prevendo penas maiores para os sonegadores.