O governo do Estado de São Paulo planeja começar a vacinar as crianças contra a Covid-19 que estão fora dos grupos prioritários na segunda semana de fevereiro.
A vacinação do público entre cinco e 11 anos começou nesta sexta, 14, com a aplicação da primeira dose em Davi Seremrámiwe Xavante, menino indígena de 8 anos. Após Davi, outras sete crianças receberam doses em evento realizado pelo governo paulista no Hospital das Clínicas. Assim como foi determinado pelo Ministério da Saúde, primeiro serão imunizadas as crianças com deficiência, indígenas, quilombolas ou que tem comorbidades; na sequência, em ordem decrescente de idade (ou seja, começando com as de 11 e terminando com as de cinco).
A gestão de João Doria (PSDB) prevê imunizar todo o grupo prioritário, estimado em 850 mil pessoas, até 10 de fevereiro. Então, da 2ª semana de fevereiro até o fim do mês, receberiam as primeiras doses as crianças de 11, 10 e algumas das de nove anos, conforme forem chegando as doses distribuídas pelo Ministério. A estimativa do governo paulista é de que 4,3 milhões de crianças entre cinco e 11 anos poderão ser imunizadas.
Segundo Doria, o estado tem capacidade de vacinar 250 mil crianças por dia, mas ainda depende das remessas do governo federal para completar a imunização. Por causa disso, o calendário previsto pode sofrer atrasos. O governo estadual também aguarda uma possível aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para que a CoronaVac, desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac e fabricada no Instituto Butantan, em SP, seja aplicada na faixa etária entre três e 17 anos.
Por enquanto, as doses usadas são as de pediátricas da Pfizer, que têm cerca de um terço do volume das usadas em adultos. A maioria das cidades do Estado prevê começar a vacinação infantil em larga escala na próxima segunda, 17.