segunda, 23 de dezembro de 2024
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Uso excessivo da chupeta pode induzir respiração oral

Assim como a quantidade de apelidos dado às chupetas, os danos que seu uso por um longo prazo pode trazer também são muitos. Utilizadas para acalmar os pequenos, elas passam…

Assim como a quantidade de apelidos dado às chupetas, os danos que seu uso por um longo prazo pode trazer também são muitos. Utilizadas para acalmar os pequenos, elas passam a fazer parte da rotina, e o momento de retirá-la da criança pode ser traumático. Problemas de respiração, fala e mordida podem ser desenvolvidos de acordo com o tempo, intensidade e até mesmo o posicionamento da chupeta na boca.

Segundo a presidente da Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia, Irene Marchesan, a respiração é a primeira coisa a ser afetada pelo uso da chupeta, pois a criança se acostuma a ter um objeto que obriga a boca a ficar aberta, a partir disso, cria-se o hábito da respiração oral. “Respirar pela boca traz consequências para a saúde da criança, como dentes tortos, céu da boca profundo e até dificuldades na fala. Os lábios, bochechas e língua ficam flácidos, dando a impressão de que a criança está falando errado, como se estivesse com a língua entre os dentes. Mas na verdade ela está falando certo, só que a musculatura está fraca, está hipotônica, e deixa a fala imprecisa”, alerta.

A coordenadora de orientação aos pais da Associação Brasileira de Odontopediatria, Dóris Ruiz, explica que a oclusão também pode ser afetada. Como os dentes superiores frontais não encostam nos inferiores, porque a chupeta está no meio, é possível que a criança passe a desenvolver a mordida aberta. “Dependendo do tipo de chupeta, os movimentos realizados na sucção podem alterar o formato do céu da boca, que de redondinho passa a ser atrésico, mais profundo, e isso pode provocar a mordida cruzada, quando os dentes não se encaixam corretamente”, diz.

Embora o hábito da sucção deixe os pequeno mais calmos, as especialistas defendem que, se a criança não quer usar a chupeta, os pais não devem insistir. Já para as crianças que não conseguem se desvincular do objeto, a recomendação é que os pais expliquem ao filho que ele está crescendo e encoraje-o a reduzir o uso da chupeta, até o momento em que ele não precisar mais dela. “Tirá-la de uma hora para a outra pode ser muito traumático para a criança que ainda não está acostumada a lidar com frustrações. O trabalho dos pais em estimulá-la a largar a chupeta é fundamental e exige muita paciência”, ressalta a fonoaudióloga.

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