O uso de papel de alumínio é uma forma prática de embalar alguns alimentos – como aqueles que diariamente se leva para o trabalho -, mas é também uma excelente forma de evitar que os alimentos queimem quando vão ao forno. Mas, e se a nossa saúde estiver em perigo?
Ghada Bassioni, professora e diretora do departamento de Química da Universidade Ain Shams, afirma que o alumínio pode ser nocivo para a saúde e que estes utensílios culinários são dos objetos que mais fazem aumentar o risco, uma vez que as panelas em alumínio acabam por ser oxidados ou revestidas antes serem comercializadas, o que impede que este metal entre em contato direto com a comida e, por conseguinte, com o nosso organismo.
De acordo com a especialista, que publicou um artigo no site The Conversation, o perigo do uso de papel de alumínio aumenta quando este é usado para confecionar a temperaturas elevadas pratos ácidos ou picantes, o que faz com que os níveis deste metal aumentem e, com isso, cresça também a probabilidade de contaminação.
Quando entra em contacto com o nosso corpo, o alumínio assume-se como um metal tóxico, uma vez que não integra o processo metabólico do corpo humano, o que impede que seja excretado ou eliminado.
Numa pesquisa realizada recentemente, Ghada Bassioni descobriu que a passagem de alumínio para a comida no processo de confecção está acima do limite permitido pela Organização Mundial de Saúde (OMS), que é 40 miligramas por cada quilo peso corporal.
Como se pode ler na revista online Esmeralda Azul, a presença de alumínio no cérebro está associada a dificuldades cognitivas e às doenças neurológicas degenerativas, o que faz com que as pessoas fiquem com uma menor capacidade de memória, de concentração e de atenção.
O uso recorrente de alumínio – sob a forma de papel ou em panelas não oxidadas ou revestidas – tem sido frequentemente associado a um aumento do risco de Alzheimer.