A Justiça do Trabalho de São Paulo condenou a Igreja Universal do Reino de Deus a pagar uma indenização de R$ 100 mil por danos morais a um pastor que alegou ter sido forçado a fazer uma cirurgia de vasectomia.
O pastor M.B.S., que começou a trabalhar para a Universal aos 17 anos, afirmou que, em 2014, ao anunciar que iria se casar, a igreja o coagiu a realizar o procedimento de esterilização, sob a ameaça de ser considerado desobediente.
A advogada do pastor destacou à Justiça que a imposição da vasectomia pela Universal é inaceitável, e muitos jovens aceitam essa condição para continuar no emprego e buscar promoções. A Igreja nega as acusações, afirmando que não impõe tal condição aos seus ministros religiosos.
Apesar da negativa da Universal, a juíza Franciane Aparecida Rosa, responsável pela sentença, considerou as evidências apresentadas pelo pastor e testemunhas, afirmando que a vasectomia é uma imposição para os pastores que desejam se casar. A Igreja apresentou recurso contra a decisão.