sábado, 23 de novembro de 2024
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Unifev colabora com atividades promovidas pela Comunidade Nova Vida

A Comunidade de Recuperação Nova Vida é uma entidade privada e sem fins lucrativos, fundada em Votuporanga no ano de 1986 para acolher e reabilitar gratuitamente pessoas com transtornos decorrentes…

A Comunidade de Recuperação Nova Vida é uma entidade privada e sem fins lucrativos, fundada em Votuporanga no ano de 1986 para acolher e reabilitar gratuitamente pessoas com transtornos decorrentes do uso, abuso ou dependência de substâncias psicoativas (de álcool e outras drogas).

O espaço atende atualmente vinte homens que estão no processo de reintegração social. Os programas oferecidos pela entidade têm como foco as mudanças comportamentais, a qualidade de vida e a reinserção sociofamiliar dos assistidos.

A Unifev estabelece um vínculo de parceria com a comunidade terapêutica de diversas maneiras, dentre elas treinamento funcional semanais aos assistidos da Comunidade Nova Vida com o Prof. Me. Valter Mariano do curso de Educação Física. Além disso, o suporte dos atendimentos em grupos terapêuticos na área da psicologia da saúde é garantido por meio de estagiários do curso de Psicologia, promovidos duas vezes na semana.

A graduação de Publicidade e Propaganda da Unifev produziu, gravou e editou um vídeo institucional para a entidade e criou um perfil oficial no Instagram que atendesse suas necessidades. Ambos foram desenvolvidos por estagiários sob a orientação de um docente do curso.

A Instituição também apoia a Entidade em seus projetos de arrecadação, como o Jantar Dançante em prol da Comunidade, realizado em junho deste ano.

“Não há como mensurar a importância da Unifev para a Comunidade Nova Vida. Todas essas atividades desenvolvidas com a parceria da Instituição colaboram diretamente para a continuidade dos serviços prestados aos acolhidos. Sempre que surge a necessidade, as portas da Unifev estão abertas para nos receber. Agradecemos imensamente o apoio na realização do último Jantar Dançante que organizamos em meados deste ano. Sem essa grande contribuição nada teria se concretizado.

É importante destacar a relevância dos estagiários em Psicologia da Unifev, e que apoiam nossos profissionais. Não teríamos condições de contratar, a comunidade não tem possibilidade para isso. Precisamos muito dessa ajuda, e essa parceria tem sido fundamental em nossas atividades. Enfim, a marca Unifev traz credibilidade ao nosso trabalho. À Unifev, os nossos agradecimentos” – ressaltou Ataíde Aparecido Cucarolla, que ocupa a presidência da entidade desde 2022 e integra a diretoria há 16 anos.

O encaminhamento à Comunidade Nova Vida é realizado por meio do SUS, que em Votuporanga se dá pelo Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas (Caps AD) da Secretaria Municipal da Saúde. De acordo com o administrador da entidade Antônio Cegana, após avaliação do Centro, o paciente poderá ser encaminhado para a Comunidade mediante disponibilidade de vaga. O tratamento é individualizado e poderá durar até seis meses, conforme necessidade. “Cada paciente chega para nós com uma demanda, fissura, tempo de uso, tipo de droga diferente e todos esses fatores influenciam no período de tratamento”.

Cegana destaca ainda que as verbas oriundas do poder público são insuficientes para custear essas internações e demais despesas. “Para se ter uma ideia, cada acolhido custa mensalmente para a comunidade em torno de R$ 1.800,00 e o governo federal nos repassa R$ 1.191,00. Então, todos os meses, precisamos arcar com R$ 700 a mais por assistido. Imagine só, todos os meses, R$ 700 x 20 acolhidos? Para isso, contamos com as campanhas, as parcerias, apoio da sociedade e voluntários – o que inclui a diretoria. Não fosse essa força conjunta, incluindo a Unifev, não teríamos condições de desenvolver esse trabalho”.

A causa ainda gera preconceito. Para o presidente da comunidade terapêutica muitas pessoas se negam a contribuir com a entidade. “É um problema social sério e a discriminação é grande em todos os meios, social, industrial, empresarial e tem piorado com o passar dos anos”.

A Comunidade conta hoje com cinco funcionários, 25 voluntários e diversos projetos desenvolvidos na entidade para atender aos assistidos, como horta, criação de porcos, represa com peixes, jardim e muitos outros, explica Antônio. “Temos um plano de trabalho que deve ser cumprido. Uma das características marcantes do dependente químico é não seguir regras. E o nosso objetivo é fazer com que eles reaprendam a viver em sociedade, cuidar da casa, do sustento, limpar o seu ambiente como se a comunidade fosse o lar dele, na verdade será por seis meses; reaprendendo o básico. Nesse programa, temos os momentos de religiosidade, psicologia, atividades físicas, e a laborterapia que faz parte do tratamento. Os educadores sociais permanecem com eles 24 horas para intermediar dificuldades e conflitos”.

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