43 alunos da Unicastelo (Universidade Camilo Castelo Branco) de Fernandópolis dos cursos de Medicina, Odontologia e Fisioterapia estiveram na exposição “Corpo Humano: Real e Fascinante”, realizada no Museu da Oca, no Parque Ibirapuera, em São Paulo. Três professores acompanharam os discentes: Nagib Pezati Boer, Betania Boer e Patrícia Souza.
A mostra, criada por Roy Glover, professor de anatomia e biologia celular da Universidade de Michigan, traz como obras cadáveres de verdade. São 16 cadáveres de homens e mulheres e 225 órgãos dissecados. A exposição já percorreu Inglaterra, Coréia do Sul, México e Holanda.
“Os tecidos dos cadáveres passaram por um processo que lhes deram aparência e textura de plástico. Chamado polimerização, o procedimento foi supervisionado por Glover e realizado em diversas etapas”, explica o professor Nagib.
Os corpos foram inicialmente embalsamados para preservação dos tecidos. Depois passaram por uma desidratação por imersão em acetona. A substância preencheu o corpo no lugar dos líquidos corporais e foi posteriormente eliminada como vapor em uma câmara a vácuo. Em seu lugar, foi aplicada uma solução de polímeros em silicone líquido. A finalização do processo se deu com a aplicação de um composto que enrijece o silicone, dando aos tecidos uma consistência plástica. O procedimento permite selecionar as cores desejadas para cada parte do corpo, que se torna inodoro, e garante longa durabilidade aos tecidos.
A exposição é dividida em nove setores. O primeiro é “Esqueleto”, com a estrutura óssea dos humanos e suas mais de cem juntas. Os sistemas muscular, nervoso, respiratório, digestivo, urinário, reprodutor e circulatório também têm seus espaços.
Já o setor “O Corpo Tratado” mostra a preservação de um corpo saudável graças aos avanços das pesquisas médicas e tecnológicas, com destaque para próteses e equipamentos que auxiliam os médicos na sala de cirurgia.
“Os alunos puderam ver de uma forma diferente a anatomia humana. A mostra despertou ainda mais o interesse dos alunos pelo corpo humano e enriqueceu o aprendizado que já lhes é dado em sala de aula e no laboratório”, destacou a professora Patrícia.