A região Noroeste Paulista, assim como diversas outras regiões do interior de São Paulo e Minas Gerais, tem no agronegócio, especialmente na cana-de-açúcar, seu principal combustível econômico. Por isso, a UNICASTELO, através de seu curso de Agronomia, tem desenvolvido estudos e projetos voltados à área. Muitos deles, inclusive, com implantação técnica por agroindústrias parceiras.
Um importante projeto de pesquisa, intitulado “Irrigação por aspersão em cana-de-açúcar no Noroeste Paulista”, vem sendo conduzido por alunos da graduação do curso de Agronomia e do curso de Mestrado em Ciências Ambientais, coordenado pelo Professor Luiz Sergio Vanzela e desenvolvido na Fazenda de Ensino e Pesquisa da UNICASTELO de Fernandópolis, com o apoio da usina Alcoeste Destilaria de Fernandópolis. O grupo estuda a viabilidade do uso da irrigação nas plantações de cana-de-açúcar, com o objetivo de avaliar a influência da irrigação por aspersão sobre cinco variedades da cultura.
De acordo com os resultados do primeiro ano do projeto, apresentados pelo Professor Vanzela, no II Inovagri International Meeting, importante evento sobre tecnologia em irrigação agrícola, verificou-se que a reposição de 100% de todo o déficit hídrico no solo proporcionou, na média de todas as variedades avaliadas, produtividades de 236,3 toneladas por hectare de biomassa e 37,6 t toneladas por hectare de açúcares totais recuperáveis (ATR). Segundo Vanzela, isso representou, em média, 44,4% a mais de biomassa e 37,3% a mais de ATR, em relação aos tratamentos de sequeiro.
“Esse projeto, que terá ainda uma continuidade mínima de mais 4 anos, pretende obter, ao seu final, os parâmetros para o manejo da irrigação em cana no Noroeste Paulista, além de avaliar o limiar da viabilidade econômica em verticalizar a produção com o uso da irrigação ou expandir com arrendamentos”, explica o professor.
O relevante estudo ainda conta com a participação dos docentes Marcelo Romero Ramos da Silva, professor do curso de Agronomia, Gisele Herbst Vazquez, professora do Mestrado em Ciências Ambientais, e do Engenheiro Agrônomo Rafael Ciol Venâncio de Souza, do Centro de Tecnologia Canavieira.