sexta-feira, 20 de setembro de 2024
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Um novo febeapá?

Dando seqüência ao “festival de lambanças que assola o país”, que faria inveja ao “febeapá” de Stanislaw Ponte Preta, agora a presidente quer contratar médico estrangeiro e obrigar os futuros…

Dando seqüência ao “festival de lambanças que assola o país”, que faria inveja ao “febeapá” de Stanislaw Ponte Preta, agora a presidente quer contratar médico estrangeiro e obrigar os futuros médicos a cumprir um ciclo obrigatório de dois anos no SUS, para “humanizar” a formação universitária, nas palavras do ministro da Educação.

Segundo consta, o “Programa Mais Médicos para o Brasil” terá como prioridade levar profissionais de saúde às periferias das grandes cidades, aos municípios do interior e àqueles mais distantes, principalmente do Norte e do Nordeste; se as vagas disponíveis não forem preenchidas por médicos brasileiros, o governo vai autorizar a contratação de estrangeiros.

Nada contra a iniciativa, a qual, aqui comigo, acho ótima, senão o fato de que, assim como o plebiscito, foi decidido intramuros e agora sofre violenta reação de tudo quanto é lado e se não for corrigido a tempo, será mais uma bela idéia perdida pelo imediatismo, pela necessidade de querer “arrumar a casa” de qualquer maneira.

A verdade é que, mais do que isso, o sistema de saúde, assim como vários outros setores, precisa de um “choque de gestão”. Afinal, quem acredita que dois anos atendendo pelo SUS vão humanizar alguém? A tendência é o feitiço virar contra o feiticeiro, por motivos óbvios.
Infelizmente, a estrutura dos nossos hospitais e estabelecimentos de saúde está falida. Já há algum tempo, ouvimos as mesmas notícias de desvio ou mau uso de verbas públicas e promessas de que tudo vai mudar e que vai melhorar, mas entra ano e sai ano e tudo continua exatamente igual, sem tirar nem por, exceto as agruras daqueles que precisam se socorrer da rede pública de saúde.

Para completar a lambança, só faltava dizer que o assunto deve ser referendado pela população. Chega disso. Não queremos ficar votando em plebiscito ou referendando decisão de quem quer jogar nas costas da população a responsabilidade de algo que tem tudo para dar errado.

A população já tem a sua oportunidade de decidir o destino de suas cidades, estados e do país, escolhendo seus representantes. Aliás, 2014 está logo aí e além de copa do mundo, teremos também eleições.

A resposta para o desgoverno deve ser dada nas urnas. Enquanto isso, vamos fazendo nossas orações para que a situação não piore, porque do jeito que está…

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