É comum encontrarmos pessoas enfermas e bastante estressadas, por motivo de conviverem em seus trabalhos com uma liderança autoritária, desinteligente e arrogante.
Nestes anos de atendimento executivo pude acompanhar vários casos de colaboradores exaustos e desmotivados. Um caso em especial que tive acesso de uma executiva que trabalhava há vários anos em uma multinacional com filial em São Paulo me evidenciou que o chefe terrível e mau humorado era chamado carinhosamente, pelos subordinados, nos bastidores de “o escroto”!Chefes como este citado nos escritórios e empresas geram colaboradores cansados, pilhados e com sentimentos de profundo desprezo, misturado ao medo de perder o emprego.
Tudo isso, devido a exigências exacerbadas, muita tensão e até mesmo humilhações cometidas por aqueles que deveriam apoiar e incentivar. Líderes “à moda chefão” estão com seus dias contados no mercado de trabalho moderno, são verdadeiros desenvolvedores de doenças psicossomáticas. Há um novo conceito de liderança, em que o líder deve ser referência de competência e integração com a equipe.
Em algumas andanças que pude fazer pelo mundo presenciei este tipo de liderança no exército de Israel, sim, no exército! Em uma conversa com um tenente e alguns soldados perguntei como um exército tão pequeno seria tão forte? Todos me responderam que o poder do grupo estava na unidade, respeito e na sinergia de todos os membros. Posteriormente percebi não só neste grupo, mas nos demais que estavam lá, que qualquer soldado era capaz de dar a vida por seu oficial. Bem, o oposto que vivenciamos em alguns departamentos de empresas, que se compararmos a campos de batalhas, muitos superiores sairiam apunhalados pelas costas.
O conceito de liderança que vem sendo estabelecido nas grandes empresas passa pela equidade do líder, a firmeza e o foco nos objetivos. Líderes reais são motivadores e determinados, preocupados com o bem estar de seus subordinados, não precisam humilhar ninguém e nem subestimar, e o principal não devem deixar um rastro de feridas emocionais. Ele tira o melhor do seu liderado e ainda o ajuda a crescer, motiva, gera um ambiente harmonioso onde cada um entende sua missão e trabalha em alta performance para cumprir suas metas e alcançar seus objetivos. Além disso, não deixa de sempre reciclar sua liderança e se atualizar.
Não podemos esquecer que os tempos mudaram e a dificuldade na ciência e na arte da liderança está aumentando a cada dia. Reveja seus conceitos e atitudes como líder, lembrando sempre que suas atitudes falam mais alto que suas palavras.
Júlio César Life & Business coach