sábado, 23 de novembro de 2024
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Ufólogo votuporanguense diz que luzes eram de nave extraterrestre

Se por um lado Jorge Nery afirma enfaticamente que se tratam de satélites, o ufólogo votuporanguense Paulo César Rapassi garante que se tratava de uma nave espacial que, inclusive, teria…

Se por um lado Jorge Nery afirma enfaticamente que se tratam de satélites, o ufólogo votuporanguense Paulo César Rapassi garante que se tratava de uma nave espacial que, inclusive, teria sido vista na semana anterior por outros votuporanguenses. Ele viu fotos e vídeos do fenômeno e para ele não resta dúvida.

Rapassi é comerciante e dedicou mais de 60 dos seus 77 anos de idade as pesquisas sobre vida extraterrestre. Ele conta, aliás, que o trabalho foi iniciado após ele ter uma experiência com uma nave de outro planeta.

“Eu comecei a ter interesse pela área em 1953 quando eu fiquei quase embaixo de uma nave de uns cinco metros de diâmetro e depois disso fiquei muito sensibilizado, então comecei a pesquisar sobre o assunto e sigo com esse trabalho até hoje”, contou.

Sobre o caso em questão, o ufólogo votuporanguense, que é dono de um enorme acervo de livros e materiais da área que juntou ao longo de suas décadas de pesquisa, o fenômeno visto na cidade se assemelha a uma “nave mãe”, que pode ter quilômetros de cumprimento.

“Ela é muito grande e solta as naves menores para visitar o planeta terra. Isso não é de agora, já acontece a milênios, é que a sociedade é sempre orientada a pensar que é outra coisa, antigamente diziam que eram balões, hoje dizem que é satélite, mas a grande verdade é que eles (alienígenas) estão aqui desde sempre e a gente tem que começar a entender e desmistificar, perder esse preconceito de que tudo é loucura, pois eles vão aparecer cada vez mais”, completou.

OPINIÕES DIVERGENTES

As luzes vistas anteontem no céu de Votuporanga, tratadas por muitos como um Ovni (Objeto Voador não Identificado), na verdade são satélites de um projeto audacioso. É o que garante o diretor de pesquisas de campo da Inape (Instituto de Astronomia e Pesquisas Espaciais), de Araçatuba, Jorge Nery, em entrevista ao jornal A Cidade.

Segundo Jorge, que é engenheiro e ufólogo, as luzes vistas pelos votuporanguenses foram um fenômeno provocado pela incidência de raios solares na baixa atmosfera nesses equipamentos que são feitos de um material metálico, o que os deixa reluzentes.

“Muita gente viu e ficou assustada, pois não tinha uma referência, não sabia do que se tratava aquele monte luzes todas enfileiradas e ‘caminhando’. Quem olha então pensa que é uma frota organizada e realmente é, mas uma frota de satélites pequenos de baixa atmosfera e de alta eficiência tecnológica. É uma aplicação da Starlink que lançou um projeto ousado de uma constelação de satélites de rede de internet”, explicou.

A princípio, conforme o pesquisador, foram lançados 60 satélites e assim que apresentarem os resultados outros 12 mil devem ser lançados, por isso que se chama constelação orbital de satélites.

“Para que os leigos entendam, eles vão funcionar como se fossem 12 mil roteadores de alta capacidade levando internet para todos os cantos do mundo, algo muito inteligente e audacioso que acabou criando toda essa confusão na mente da população que ainda não recebeu essa informação. Quem viu e achou que era uma tropa interestelar que veio nos livrar do Covid infelizmente errou (risos)”, completou.

Ovni de Riolândia

Jorge Nery já é conhecido na cidade. Foi ele quemcomandou a equipe de pesquisadores que produziu o chamado “Dossiê de Riolândia”, que investigou um fenômeno ufológico que teria acontecido no ano de 2008 na cidade de pouco mais de 12 mil habitantes. O documento foi concluído em 2014 e concluiu que Riolândia foi alvo de um Ovni.

O trabalho do Inape em Riolândia se cercou, à época, de todos os cuidados para que os resultados fossem os mais isentos possíveis. Para isso, um time formado por especialistas em cana-de-açúcar, engenheiro agrônomo, biólogo, geógrafo, meteorologista, técnico em eletrônica e em segurança do trabalho, além de ufólogos ligados a outros institutos brasileiros, foi deslocado até o município, mais precisamente até a pousada Piapara, a pouco metros do canavial.

Ali foi o ponto de avistamento de uma das principais testemunhas da aparição e arrendatário do lugar à época, Maurício Pereira da Silva. Por essa razão tornou-se o “quartel general” da equipe de pesquisa. “Não encontramos em toda a lateral do círculo marcas de entrada de máquinas, objetos, equipamentos ou ferramentas que pudessem provocar aquilo na plantação, nem mesmo marca pequena de entrada ou pegadas de animais ou homem”, disse Nery à época.
As canas ao redor da clareira, segundo o engenheiro, estavam como se tivessem sido “penteadas”, deitadas e amassadas. Não havia qualquer sinal de que tivessem sido quebradas, arrancadas ou esmagadas. “É impossível se fazer isso, pois a cana não verga, ela quebra. E nesse caso as raízes das plantas estavam intactas, sem esforço mecânico como torção ou puxão do solo”, completa o dossiê.

Na época também foram descartadas ocorrências meteorológicas que explicassem o fenômeno. “A condição climática era de nublado, com chuvisqueiros esporádicos, temperatura de 24 graus e vento bem moderado, próximo de 8km/h em direção sudoeste. Fosse algo assim e tudo em volta teria sido remexido, mas nem as acerolas e goiabas maduras nos pés ali próximos caíram, nenhuma. Não há indícios de que seja um fenômeno natural nem humano”, conclui Nery.

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