Para suprir a demanda de armamento e enfrentar a Rússia, a Ucrânia imprime bombas em 3D durante o conflito de quase um ano e meio.
O jornal britânico The Economist informa que vários grupos de fabricantes de armas estão envolvidos na tarefa. Um deles já fez mais de 30 mil unidades nos últimos quatro meses e, outro, cerca de mil semanalmente, com objetivo de aumentar para 1,5 mil por dia.
Bombas em 3D da Ucrânia
Os dispositivos 3D são preenchidos com explosivos C4. Lyosha, um fabricante de armas amador em Kiev, disse que as bombas, chamadas “Zaychyk” (“Coelho”), podem cortar tábuas de madeira “como manteiga” e são mais eficazes que as granadas tradicionais.
O Wild Bees, um dos grupos voluntários participantes da ação, produz peças não explosivas para uma bomba de 27 centímetros de altura por menos de US$ 3,85 (por volta de R$ 18). A impressora 3D utilizada custa cerca de US$ 1,2 mil (R$ 5,7 mil).
A líder do grupo, Janis Ozols, disse ao The Economist que cerca de 65 mil unidades desse tipo de armamento foram enviadas à Ucrânia desde novembro do ano passado. A alfândega do país classifica as remessas como brinquedos infantis ou velas.
Alguns fabricantes produzem bombas menores, usadas por operadores de drones para destruir veículos blindados russos. Elas têm cobre e alumínio em seu interior, que se transformam em jatos de plasma quentes quando detonam, assim, penetram a blindagem.