A possibilidade de uma adolescente de Votuporanga estar sendo corrompida, abusada ou explorada sexualmente por um casal que reside em Engenheiro Balduíno, distrito de Monte Aprazível, levou o Conselho Tutelar local e a polícia investigarem um provável esquema de prostituição, vinculado ao tráfico de drogas e ao envolvimento de outros jovens.
Há 15 dias, M.L.S., 13, que reside no bairro São Cosme, foi levada da cidade com o consentimento de sua família, por um homem e sua esposa, que ofereceram uma oportunidade de trabalho à garota, na residência deles, como doméstica.
De acordo com o conselheiro tutelar Alcir de Camargo Flávio a humildade e a desestruturação da família de M.L.S. fez com que no início ninguém desconfiasse que a tal “proposta de emprego”, poderia ser falsa. “Só depois de duas semanas, sem contato e informações da garota, eles nos procuraram, com o apoio do Programa Sentinela” (ambos acompanhavam M.L.S. há algum tempo, em virtude do desvio de comportamento da adolescente, que sempre faltou muito da escola e vive vários conflitos em seus relacionamentos).
Diante da preocupação da família com o paradeiro da garota, o Conselho Tutelar e o Programa Sentinela, que conhecem a realidade na qual a adolescente vivia em Votuporanga, começaram a levantar informações de que o casal, que na ocasião veio para a cidade em um Fiat Uno, branco, já teria vindo outras vezes ao município, a procura de adolescentes para a prática de prostituição. Entretanto, Flávio citou que na última vez que o casal esteve em Votuporanga, eles realmente procuravam uma secretária do lar, sendo indicada por terceiros, a mãe de M.L.S.; mas, ao chegarem na casa da mulher e conhecerem a filha, acabaram se interessando em dar o “emprego’ a garota.
Investigação
Logo em seguida, a DDM (Delegacia de Defesa da Mulher) de Votuporanga, foi comunicada e uma investigação pela região teve início em busca da adolescente. No decorrer dos dias, uma pista surgiu por meio de algumas ligações recebidas a cobrar no celular de um dos conselheiros, mas que não se completavam.
Com a identificação do número do telefone, de onde se originavam as ligações, o Conselho então descobriu que as chamadas eram feitas de um aparelho de telefone público, instalado no município de Monte Aprazível e com a ajuda da polícia de Votuporanga, fizeram contato com os policiais daquele município.
Na tarde da última sexta-feira, os conselheiros partiram para aquela cidade e com o apoio da Polícia Civil diligenciaram vários locais em que possivelmente a garota poderia estar, como zonas de baixo meretrício; porém nada foi encontrado.
