A cidade de Turmalina, foi o município que mais encolheu percentualmente (1,67%) na década, o êxodo rural e a queda do café também são citados como causas. Como em Tupi, a queda populacional de Turmalina (hoje com 2.366 moradores) começou na década de 70.
A falta de empregos é lembrada também pelo chefe da agência do IBGE de Pereira Barreto, Florindo Jacinto. A cidade perdeu 0,25% de sua população. “Até que caiu pouco. Pereira e muitas outras cidades daqui viviam em razão de algumas empresas e da construção da barragem de Três Irmãos.”
Para o economista Everaldo Santos Melazzo, professor do Departamento de
Planejamento da Unesp de Presidente Prudente, a internacionalização da economia e a falta de um projeto regional de desenvolvimento que atingisse o noroeste foram as principais causas do esvaziamento das cidades.
“O fluxo migratório na década mudou para as cidades médias que conseguiram se inserir no padrão de internacionalização da economia”, afirma.
Melazzo diz que o oeste e o noroeste, compostos por centenas de pequenas cidades, não encontraram vocação econômica e não foram beneficiados pela política de desconcentração metropolitana adotada pelos últimos governos estaduais. “Tudo ficou centrado nos eixos de Sorocaba, Campinas e da Anhanguera.”