A greve dos trabalhadores dos Correios chegou à Justiça do Trabalho, após o ingresso de uma ação de dissídio coletivo por iniciativa da própria estatal na terça-feira. Agora, a negociação vai ser apreciada pela Justiça.
A primeira audiência de conciliação e instrução está marcada para esta quarta-feira, às 14 horas. Participarão os representantes da ECT (Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos) e a Fentect (Federação Nacional dos Empregados em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares).
Segundo a assessoria de comunicação do TST (Tribunal Superior do Trabalho), o ministro Milton de Moura França, é o instrutor do dissídio e tentará buscar um acordo entre as partes. Caso haja solução nessa audiência de conciliação, o acordo deve ser homologado pelo tribunal. Se isso não acontecer, as partes envolvidas têm um prazo para apresentar seus argumentos.
A decisão caberá ao TST e não cabe recurso após o final do processo. Em qualquer momento do processo, a estatal e os grevistas podem chegar a um acordo, retirando o dissídio coletivo.
Os servidores pedem 47,7% de reajuste, mais R$ 200 de aumento linear para todos os trabalhadores, além de um novo plano de cargos e salários. A categoria não aceitou a proposta da diretoria dos Correios de abono de R$ 400 e inclusão dos pais dos funcionários no plano de saúde.
Segundo os Correios, entre 2003 a 2007, os empregados tiveram reajustes de 103%, contra uma inflação de 46,8%. Os grevistas reclamam que os valores não foram suficientes para recuperar perdas acumuladas.