Os partidos considerados pequenos de Catanduva consideraram positiva a mudança da regra sobre as coligações para as eleições 2008 aprovada na noite de anteontem pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
O critério das coligações entre partidos para as eleições municipais será obrigatório da seguinte forma: só poderão se unir para as disputas proporcionais – para vereadores – os partidos que estejam incluídos na coligação das eleições majoritárias, para prefeitos.
Para o presidente do Partido Republicano Progressista (PRP) criado em 2003, Éder Jofre Guandalini, já era feito desta forma mesmo não sendo obrigado. “Os partidos pequenos sempre precisaram fazer coligações para somar o maior número de vereadores. É uma opção boa que, sem dúvida, fica melhor para os partidos com menos filiados. Acredito também que, com a obrigatoriedade, teremos um número menor de votos necessários para ter um candidato no Legislativo”, afirmou.
A mesma opinião tem o presidente do PMDB, José Gilberto Martins: “É uma boa medida. Facilita para os candidatos dos partidos pequenos conseguir participar do processo eleitoral. Porém, à medida que se une com mais pessoas, atender os interesses de todos, dentro de uma eleição, fica mais difícil, mas nada que não possa ser acertado”, informou.
“O objetivo de todos os partidos é ter seu representante eleito”, concluiu.
Duda Santana, filiado ao PPS, comenta que em Catanduva não haverá muitas modificações. “Já vínhamos fazendo esse tipo de coligação com os partidos que possuem candidatos majoritários. Antigamente, tínhamos um pouco mais de força com as propagandas na televisão, mas neste ano, não as teremos”, diz.
Os partidos menores afirmam que esperam as definições de candidatos a prefeito e também o início das convenções para iniciar a busca por coligações. “Ainda está muito cedo para saber com quem iremos no coligar. Aguardamos as convenções e os interessados em se candidatar”, informou.
Com aproximadamente 400 filiados, o PMDB afirma que as movimentações no partido estão a todo vapor. “Já existem diversas conversas sobre a candidatura dos filiados. Vamos fazer a convenção e verificar com quem iremos nos coligar”, disse.
A proposta de alteração foi feita pelo ministro Marcelo Ribeiro. A redação anterior permitia a liberação irrestrita para a formação de coligações.
A mudança foi aprovada pela maioria, mas antes o julgamento foi interrompido pelo ministro Eros Grau. Ele solicitou mais tempo para analisar o pedido. Anteontem, o ministro votou a favor da alteração seguindo o relator, Ari Pargendler, corredegor-geral do TSE.
