quinta-feira, 19 de setembro de 2024
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Tribunal condena servente a 4 anos de reclusão

O servente de pedreiro Fabiano da Silva Alves, 26, foi condenado, ontem, pelo Tribunal do Júri de Votuporanga, a quatro anos de reclusão em regime inicial aberto, com direito de…

O servente de pedreiro Fabiano da Silva Alves, 26, foi condenado, ontem, pelo Tribunal do Júri de Votuporanga, a quatro anos de reclusão em regime inicial aberto, com direito de apelar em liberdade. Fabiano, que tinha como advogados de defesa Manoel Aparecido Marques e Cláudia Cristina Diez de Andrade, foi enquadrado nos artigos 121 e 29, 1.º parágrafo do Código Penal. Ele era acusado de participação no crime contra João Caetano Savini, que foi morto a tiros, no dia 7 de setembro de 2002, no “bar do Cirço”, no bairro Matarazzo, em Votuporanga, por Reginaldo Alves, primo de Fabiano.

O julgamento
Em seu depoimento, Fabiano explicou que ele e Reginaldo haviam alugado o veículo Pálio para irem a uma festa em Fernandópolis. Porém, na tarde do dia 7, tinham ido ao “bar do Cirço”, onde estava José Caetano Savini, que, segundo Fabiano, estava jogando bilhar embriagado, quando chegaram. Fabiano contou que sentaram em outro canto, longe da vítima, e haviam bebido duas cervejas quando Savini, sem gasolina em seu carro, pediu o veículo pálio emprestado e esse teria sido o começo do desentendimento. “Ele pediu o carro emprestado para levar uma caixa de cerveja no Assary, mas nós não emprestamos”, contou Fabiano. Descontente com o pedido negado, Savini, segundo Fabiano, teria acertado uma tacada em um rapaz, de nome “Carlinhos”, que nada tinha a ver com a história e estava perto dos primos. Em seguida, Savini teria provocado: “se tem algum homem aqui vem cobrar”. Fabiano acrescentou que, depois de acalmados os ânimos, ele saiu com o carro sozinho e foi avisar um primo sobre o ocorrido, esperar Reginaldo no carro, pois este ia pagar a conta e ir embora. Porém, segundo o juiz Jorge Canil, Fabiano se contradisse em vários pontos de seu depoimento em relação ao que já tinha prestado anteriormente. Um dos pontos destacados pelo juiz foi o fato de, em seu primeiro depoimento, Fabiano dizer que estava em um pesque-pague na cidade de Cardoso, quando no tribunal, ontem, disse havia levado seu primo embora e depois foi para casa. Questionado por Canil, se fora agredido ou não por Savini, Fabiano primeiro negou e depois afirmou que tinha sido verbalmente agredido. Ainda disse que não sabia que seu primo estava armado. Mas, segundo testemunhas, Fabiano foi com Reginaldo buscar arma do crime, o revólver calibre 32. Ainda em justificativa, Fabiano afirmou que não foi com Reginaldo buscar a arma e nem sabia que seu primo já estava armado. Explicou que só soube do assassinato quando estava esperando dentro do carro e viu Savini ainda de pé, após tomar os tiros. “Não vi que ele estava armado, pois tava com blusa de frio”, disse.

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