Dois homens e uma mulher foram presos quando tentaram compensar um cheque clonado de R$ 49,3 milhões em uma agência bancária no Bairro de Fátima, em Fortaleza, nesta terça-feira (22). O cheque tinha a assinatura falsa do gerente executivo de um banco de São Paulo. Os três foram presos em flagrante na agência bancária.
De acordo com o delegado Carlos Teófilo, da Delegacia de Defraudações e Falsificações, dois dos três suspeitos tentaram inicialmente aplicar um golpe na agência bancária no valor de R$ 1 milhão, usando um contrato falso. Eles são pai e filha.
Em seguida, um terceiro homem, da mesma família, se juntou aos dois solicitando a compensação do cheque de R$ 49 milhões. Eles disseram que o dinheiro havia sido adquirido em trabalhos feitos para várias empresas.
“Esse cheque é falso. O papel não é verdadeiro, ele não foi emitido pelo banco. É um cheque materialmente falso”, afirma o delegado.
Os suspeitos foram autuados pelos crimes de falsidade ideológica, falsificação de documento, uso de documento falso e tentativa de estelionato.
Distribuição do dinheiro
Conforme o delegado que investiga o caso, os três procuraram a agência bancária solicitando a transferência de R$ 49,3 milhões, que seriam distribuídos em várias contas bancárias. O gerente do banco achou inicialmente que distribuição do dinheiro seria feita através de transferência. Os suspeitos, no entanto, apresentaram um cheque, o que gerou a suspeita de fraude por parte do gerente.
“Ao receber esse cheque, ele [o gerente] já imaginou que se tratava de uma fraude e entrou em contato com a delegacia de defraudações”, conta o delegado.
O gerente também informou ao policial que o cheque estava em nome de uma empresa cuja proprietária é de Goiás. O delegado investiga se a mulher foi vítima dos suspeitos.
“Eles imaginaram que, com o banco aqui em Fortaleza vendo um cheque com a assinatura do gerente executivo do banco de São Paulo, conseguiriam sem nenhum problema obter essa quantia”, relata o delegado.
Os suspeitos teriam feito o contrato falso como forma de mostrar que havia clareza na negociação que eles tinham feito, segundo o delegado.
Fraude em empresa de Goiás
A polícia acredita que os suspeitos conseguiram dados da empresária goiana proprietária dos R$ 49 milhões, e os três estavam usando o nome da empresa de forma criminosa.
“O objetivo deles era de colocar, repassar, transferir esses valores para diversas contas. A história era que um milhão ia para conta da empresa da dupla, e o restante queriam que fosse transferido para diversas outras contas”, diz Teófilo.
A polícia não conseguiu identificar outros suspeitos de envolvimento no crime pelo fato de o trio não ter repassado dados de outras contas bancárias para transferências.