domingo, 22 de setembro de 2024
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Trens provocam 2 acidentes em 3 horas

Apenas vinte dias do último acidente de trem da América Latina Logística (ALL) na área urbana, quando três vagões tombaram e espalharam 300 toneladas de soja, Rio Preto registrou ontem…

Apenas vinte dias do último acidente de trem da América Latina Logística (ALL) na área urbana, quando três vagões tombaram e espalharam 300 toneladas de soja, Rio Preto registrou ontem mais duas ocorrências.

Um carro foi atingido na passagem do distrito de Engenheiro Schmitt e outro no Jardim Conceição. Por volta das 11h30, no distrito de Engenheiro Schmitt, o veículo foi arrastado por cerca de 30 metros. O comerciante Antonio Ernesto Volpe, 76 anos, foi socorrido ao hospital Austa com ferimentos leves.

No Jardim Conceição, um homem de 50 anos dirigindo um Gol levou um susto cerca de três horas depois: na passagem de nível, uma das máquinas que faz o trabalho de manutenção na linha férrea (conhecida como “socadora”) atingiu levemente o veículo. O rapaz sofreu uma torção no tornozelo e foi levado pelo Corpo de Bombeiros para a Santa Casa. Os locais onde ocorreram os acidentes não têm cancelas para controlar a passagem de veículos e pedestres quando o trem se aproxima do cruzamento. Os moradores de Schmitt reclamam da situação.

“Vai precisar alguém morrer para eles colocarem uma cancela aqui? Isso é um perigo. Moramos aqui perto faz 30 anos e nunca teve cancela”, afirma a doméstica Ana Maria da Silva, 49, que mora em frente à linha férrea. A doméstica conta que o carro foi arrastado por muitos metros e parou em frente à sua casa. “O trem bateu do lado do passageiro. O maquinista até tentou parar, mas a máquina é muito grande e não teve como. O senhor saiu do carro meio cambaleando, mas estava bem. O carro ficou destruído”, conta a mulher, assustada com o acidente.

A assessoria de imprensa da ALL afirmou em nota que o maquinista seguiu os procedimentos de segurança e acionou a buzina e os freios da composição. A empresa disse que “lamenta” o ocorrido e alerta para a necessidade de total atenção nos cruzamentos com a ferrovia.” Para evitar acidentes, a concessionária afirma que faz campanhas frequentes de segurança nos cruzamentos com a linha férrea.

Sobre a falta da cancelas, a empresa afirma que a responsabilidade pela sinalização do local é do município. Desde o final de 2010, a Prefeitura de Rio Preto negocia com a superintendência do Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes (Dnit) a viabilidade do projeto para a retirada dos trilhos da região central.

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