quinta, 14 de novembro de 2024
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TRE afirma que história de que votos brancos e nulos anulam eleição é lenda

Mais de dez milhões de brasileiros votaram em branco ou anularam o voto nas últimas eleições municipais, em 2008. O que esses eleitores fizeram foi jogar o voto no lixo,…

Mais de dez milhões de brasileiros votaram em branco ou anularam o voto nas últimas eleições municipais, em 2008.

O que esses eleitores fizeram foi jogar o voto no lixo, porque muitos não sabem, mas esses dois tipos de voto não são considerados válidos. Ou seja: não influenciam a contagem.

Aos 18 anos, Jussara está ansiosa pra votar pela primeira vez. “Estou contando os dias”, contou.
Ela já escolheu os candidatos. Mas ainda tem gente indecisa.

“Não sabe realmente a proposta de todos, se funciona realmente o que eles estão falando, então a gente fica indeciso”, disse Gustavo Pereira, agente de combate a endemias.

Nas últimas eleições municipais, em 2008, 10% dos eleitores brasileiros votaram em branco ou nulo, de acordo com o Tribunal Superior Eleitoral. E esse tipo de voto, no fim das contas, não interfere no resultado da eleição.
Até 1996, os votos brancos eram contados para a formação das bancadas. Mas hoje.

“Voto branco e nulo não valem absolutamente nada. Eles têm o mesmo valor: nenhum”, ressaltou Elizabeth Rezende Barra, diretora do TRE-MG.
Pra votar em branco, há uma tecla específica na urna eletrônica. O voto é nulo, quando o eleitor digita um número inexistente e confirma.

“Correm boatos nessa época de eleição no sentido de que se metade mais um dos votos de uma eleição forem nulos, a eleição é nula. Isso é um mito que deve ser tirado da cabeça das pessoas”, afirmou Elizabeth.

Votar em branco ou nulo é um direito do eleitor, mas para o cientista político Malco Camargos é uma atitude que atrapalha o exercício da cidadania.
“Quando a gente abstém de uma escolha, a gente abstém da participação, abstém da delegação, ou seja, quem vai dirigir a minha vida, não será escolhido por mim”, revelou Malco Camargos, cientista político.

“Se a gente for omisso, não adianta nem reclamar depois. O eleitor tem que aprender a exigir os seus direitos e não deixar de exercer os seus direitos”, completou a professora Elisangela Marlieri.

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