Um grande avanço na medicina pode estar prestes a acontecer, com pesquisadores do Instituto de Medicina Regenerativa de Wake Forest afirmando que pênis cultivados em laboratório podem estar disponíveis em breve para pessoas que sofreram acidentes ou nasceram com algum defeito.
O conceito pode soar absurdo, mas a equipe de pesquisa liderada pelo dr. Anthony Atala já realizou, com sucesso, uma operação em coelhos, os quais em seguida conseguiram se reproduzir e gerar crias.
Além do mais, os pesquisadores de Wake Forest já transplantaram com sucesso vaginas cultivadas em laboratório em meninas adolescentes que nasceram com uma doença chamada Síndrome de Mayer-Rokitansky-Küster-Hauser, que impede o desenvolvimento normal da vagina, complicando a função sexual e o parto.
Segundo informações do The Guardian, que conversou com os pesquisadores, a questão da regeneração e substituição do pênis é mais complicada devido à densidade do órgão e à complexidade do tecido erétil que possibilita a função sexual.
De acordo com o jornal, o método de Atala consiste em usar o pênis de um doador e remover suas células por meio de uma imersão em detergente. Em seguida, são acrescentados o músculo liso e regenerado e as células endoteliais.
Tal como o clitóris feminino, o pênis é mais comprido do que aparenta ser, pois se estende por trás dos ossos da pélvis, e, no caso de acidentes, geralmente há tecido suficiente que pode ser aproveitado para a regeneração.
O cirurgião francês dr. Pierre Foldès desenvolveu um método para reparar clitóris danificados, usando o comprimento escondido desse órgão. O tecido cicatricial é removido e a porção escondida restante é puxada para a frente e colocada na posição natural, para a restauração do prazer sexual.
Enquanto isso, a equipe ítalo-americana da Foregen, está tentando regenerar uma parte específica do pênis – o prépucio – para colocá-lo de volta em pacientes insatisfeitos com uma circuncisão.