quinta-feira, 24 de outubro de 2024
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Tragédia aérea mata 7 pessoas da região

A tragédia com uma aeronave da TAM anteontem à noite, no Aeroporto de Congonhas, atingiu uma família de Rio Preto. A professora aposentada Maria Elizabethe Silva Cabalero, 65, e suas…

A tragédia com uma aeronave da TAM anteontem à noite, no Aeroporto de Congonhas, atingiu uma família de Rio Preto. A professora aposentada Maria Elizabethe Silva Cabalero, 65, e suas netas Sílvia Elizabethe Gomes, 14, e Maria Isabel Gomes, 10. Também morreram quatro pessoas de uma mesma família de Birigui.

O diretor do Ibilce/Unesp, Carlos Roberto Ceron, conta que a professora atuava na área de zoologia e botânica desde a época da extinta Fafi (Faculdade de Filosofia). A professora, de acordo com ele, era atuante e já defendia a preservação ambiental na década de 80. “Ela (Elizabethe) era muito querida pelos alunos”, lembra.

A ambientalista Cristiane Roncato lembrou que na década de 80 juntamente com a professora fundaram a Ong Sociedade Regional de Ecologia. Neste período, Elizabethe encabeçou um movimento contra o governo municipal que queria expulsar as andorinhas do centro da cidade por causa das fezes.

Para evitar a mortandade dos animais, de acordo com Cristiane, a professora sugeriu para que as lâmpadas das praças Ruy Barbosa e da Dom José Marcondes fossem apagadas. Foram acesas lâmpadas potentes no Bosque Municipal com o objetivo de atrair as aves para lá.

Cristiane diz ainda que a idéia não funcionou, mas chamou a atenção de biólogos do Canadá que vieram a Rio Preto por causa dos maus-tratos contra as aves. As aves migravam daquele país para Rio Preto. “Ela (Elizabeth) tinha idéias inovadoras”, diz.

A filha da aposentada Carmem Fonseca, que era mãe das duas meninas, foi para São Paulo ontem para prestar informações com o objetivo de ajudar o IML (Instituto Médico Legal) a identificar os corpos. A aposentada era casada com Alessandro Cavalero.

Mais vítimas
As vítimas que moravam em Birigui também eram de uma mesma família: Márcio Andrade, 35, e sua mulher Melissa Ura Doná Andrade, 31, a filha Alenis Ura Doná Andrade, 2, e o cunhado André Ura Doná.

Cláudio Frutuoso Andrade e Aparecida Bento Andrade, pais de Márcio Andrade, moram em Monte Aprazível. Mesmo abalados com a tragédia, à família recebeu a imprensa de Rio Preto ontem em sua casa.

Frutuoso contou que falou com o filho terça-feira às 11h30 da manhã, quando foi informado de que ele voltaria à tarde para São Paulo juntamente com a mulher, a filha e o cunhado. Ao lembrar da conversa que manteve com o filho, o pai se limitou a dizer: “não tenho palavras”.

Segundo Frutuoso, Márcio jogou no América de Rio Preto, no Tanabi, no Birigui, no Araçatuba e nos times japoneses NKK e Nagoya. Também foi treinador de times juniores naquele país.

Atualmente era empresário de futebol, por isso há 13 dias foi para Porto Alegre com o objetivo de gravar um vídeo para o jogador Ronaldinho Gaúcho para ser exibido no Japão. “Infelizmente, ele (Márcio) não voltou para casa”, disse emocionado o pai.

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