Trabalhadores de um lixão na Argentina tiveram uma surpresa inesperada mas muito bem-vinda na semana passada. Eles encontraram mais de US$ 75 mil, em notas de cem, enterrados sob pilhas de lixo ou escondidas em um velho guarda-roupa descartado.
A fortuna foi encontrada por um dos funcionários que trabalhava no local com uma escavadeira e tropeçou inesperadamente nos móveis onde estavam escondidos. Federico Báez, um dos vizinhos que encontraram parte do dinheiro, acha que ainda deve haver mais dinheiro enterrado. Nos últimos dias as autoridades fecharam o acesso ao lixão.
“Um colega desceu do caminhão e viu uma nota de 100 dólares no chão, toda passada. Chamou nossa atenção porque estava impecável”, declarou Báez. “Cada um começou a pegar uma parte. Era como um jogo para ver quem pegava mais notas”, acrescenta informando que conseguiram juntar US$ 10 mil entre os seis. “Então veio outro menino e encontrou US$ 25 mil, ele teve mais sorte. Acho que deve haver muito mais enterrado”, disse Báez. Ainda não se sabe a origem do dinheiro, mas em Las Parejas, diz-se que o dinheiro deve ter pertencido a uma senhora que morreu recentemente, sem deixar filhos. Acredita-se na cidade que ela o escondeu no fundo falso de um armário, que foi para o lixo depois que os novos moradores da casa se desfizeram do móvel velho. Na Argentina, sujeita à alta inflação há décadas, é comum as pessoas economizarem em dólares e os guardarem em dinheiro em suas próprias casas, devido à desconfiança que os bancos geram neles.
O prefeito da cidade, Horacio Compagnucci, se refere ao episódio como a “loucura verde”. “Estou convencido de que toda essa loucura verde ocorre porque o que se encontra são notas de dólar. Em um contexto em que o país não está bem economicamente, a palavra dólar está na boca de todos”, disse. A descoberta inusitada de Las Parejas também serviu para gerar memes, entre os quais o presidente Alberto Fernández e a vice-presidente Cristina Kirchner são vistos cavando o lixão.
A Argentina passa por uma grave crise econômica que e a inflação ultrapassa os 60%, a moeda está em desvalorização recorde e há uma forte remarcação de preços no comércio.