domingo, 22 de setembro de 2024
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Trabalhador que ficou pendurado em prédio após choque foge de hospital

O homem de 33 anos, que recebeu uma descarga elétrica, desmaiou e ficou pendurado em cabos de aço enquanto trabalhava em um prédio em Santos, no litoral de São Paulo,…

O homem de 33 anos, que recebeu uma descarga elétrica, desmaiou e ficou pendurado em cabos de aço enquanto trabalhava em um prédio em Santos, no litoral de São Paulo, fugiu da unidade de saúde enquanto recebia os atendimentos de emergência.

O g1 teve acesso ao boletim de ocorrência (BO). Conforme consta no documento, a zeladora do imóvel, onde ocorreu o acidente, estava dentro do prédio, quando ‘escutou um som forte na área externa’.

Ao sair para ver o que havia acontecido, ela viu o prestador de serviço, que realizava a limpeza da fachada, desacordado e suspenso. Segudo o boletim de ocorrência, imediatamente, o quadro de energia elétrica do prédio foi desligado.

Ao retomar a consciência, a vítima foi resgatada por moradores, e ficou dentro do prédio até a chegada do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU). A equipe médica encaminhou o trabalhador à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Central.

Enquanto o paciente recebia atendimento médico, as testemunhas e os policiais militares foram até o 1º Distrito Policial (DP) de Santos, realizar o boletim de ocorrência, que foi registrado como lesão corporal e queda acidental.

Na delegacia, a zeladora afirmou que a vítima estava com todos os equipamentos de segurança, e não sabia informar o que causou a descarga elétrica. O proprietário do prédio e o encarregado da empresa – registrado como investigado – não estavam no local no momento do acidente.

Sobre o estado de saúde da vítima, o g1 apurou que o homem passou por atendimento emergencial, e deveria permanecer na unidade para realizar exames. Porém, por volta das 14h40, ele abandonou a UPA e foi embora sem receber alta médica.

De acordo com a autoridade policial, não foi feita a requisição de exame da vítima ao Instituto Médico Legal (IML), pois ela estava no hospital quando o boletim de ocorrência foi registrado, e não compareceu ao DP. Porém, ela foi orientada quanto ao prazo para oferecer a representação criminal, ou seja, manifestar o desejo de ver a punição do investigado.

O g1 tentou contato com a empresa Segall Engenharia, responsável pelo serviço de limpeza da fachada, mas até a última atualização desta reportagem, não teve uma resposta sobre o caso.

Relembre o caso
O acidente aconteceu na Rua João Pessoa, no Centro de Santos, por volta das 12h da última quinta-feira (23). A consultora de vendas Simone de Abreu Teixeira , de 46 anos, disse ao g1 que estava em uma loja próxima ao incidente quando ouviu uma explosão. “Vi uma movimentação na rua e, quando me aproximei, vi o rapaz desmaiado e pendurado pelos cabos de aço”.

Simone gravou o momento em que o homem foi socorrido por moradores. Nas imagens, é possível ver três pessoas ajudando a soltá-lo dos cabos de aço, que estavam perto dos fios de energia elétrica.

“Esse rapaz de bermuda azul sem camisa [que aparece no vídeo] pega ele [o trabalhador] no colo. Ele [o rapaz que ajudou] poderia ter tomado um choque também. Na verdade, foi o anjo dele. Ele o salvou. O rapaz nasceu de novo”, disse a mulher.

A consultora ressaltou que os outros homens que aparecem socorrendo a vítima chegaram após ouvir os gritos das testemunhas. Eles subiram as escadas correndo para abrir a janela que, segundo ela, estava trancada. “Quando os bombeiros chegaram, ele já não estava mais pendurado. Já tinham tirado ele, mas ele desmaiou novamente e os bombeiros chegaram nessa hora”.

“Me emocionei de ver quando ele acordou do desmaio. Nesse momento, tivemos a certeza de que ele estava vivo. Foi Deus”, declarou.

Procurado pelo g1, o Corpo de Bombeiros confirmou que quando os agentes chegaram a vítima já havia sido socorrida e estava sob os cuidados do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).

Em nota, a Prefeitura de Santos informou que o paciente foi encaminhado com vida para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA), mas não divulgou o estado de saúde da vítima.

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