Diariamente, faça chuva ou faça sol, dezenas de torcedores se aglomeram no acesso à Granja Comary, onde está concentrada a Seleção Brasileira de Futebol, na esperança de ver de perto – ou mesmo de longe – os seus ídolos.
Famílias inteiras, algumas vindas de outros municípios, marcam presença e ajudam a esquentar o clima, a menos de um mês para a Copa da Rússia.
Vestidos de verde e amarelo, a maioria dos torcedores é composta de crianças e adolescentes. Alguns são trazidos pelos pais. Outros moram mais perto e comparecem ao local sozinhos.
“Acho que desta vez o Brasil leva o título. Pelo entrosamento e pelo trabalho que o Tite está fazendo”, disse o jovem Pedro Henrique Cardoso, de 13 anos. Mesmo sem ter conseguido ver jogadores de perto, ele já se conformava em estar próximo das dezenas de repórteres esportivos que estão na Granja e ver como funciona um grande esquema de cobertura.
Otimismo também é a palavra de ordem do universitário Matheus Pinheiro que não conseguiu ver os craques de Tite, mas estava feliz por ter conhecido pessoalmente os ex-jogadores Denilson e Dadá Maravilha, que estão presentes na concentração da seleção e passaram pela torcida. “Quero ver Brasil e França na final. Rumo ao hexa e à sexta estrela na camisa”, se entusiasmou Matheus.
Vindo do município de Três Rios, a cerca de 100km de Teresópolis, o policial militar Alessandro Correa Passos fez questão de trazer o filho, Richard, de 9 anos, para tentar ver a seleção. Ele acredita que o Brasil vai ser campeão.
“Temos que levar a Copa. O nosso ponto forte é o ataque, com Neymar e Gabriel Jesus. Além disso, a maioria dos jogadores atua fora e conhece bem os adversários”, disse Alessandro, enquanto fazia uma selfie com o celular, na companhia do amigo Bruno Paiva Bernardes, que também trouxe o filho, Pietro, de 10 anos.
“Pelo menos nós temos a seleção para nos dar alegria. Temos tudo para sermos campeões. A derrota de 2014 ainda está engasgada e agora é hora de darmos a volta por cima”, disse Bruno.
O único que destoava do otimismo da torcida era o estudante Gustavo Oliveira, de 11 anos, morador de Teresópolis. Ele disse que não via o Brasil como campeão. “Vamos ficar em segundo. A Argentina vai ser campeã”, disse Gustavo, levando uma vaia dos demais.