O torcedor corintiano Rogerio Lemes Coelho publicou em suas redes sociais um boletim de ocorrência em que afirma ter sido preso durante a partida entre Palmeiras e Corinthians válida pela série A do Campeonato Brasileiro nesse domingo, 4, após proferir críticas ao governo federal.
Segundo Coelho, ele foi “humilhado e algemado” por policiais militares depois de xingar o presidente Jair Messias Bolsonaro. “Eu estava dentro do estádio, comecei a gritar Bolsonaro, vai t* e os policiais vieram para cima”, relatou.
“Um já me deu um mata-leão quando eu caí. Me algemaram, me levaram para uma sala e ficaram me humilhando”, acusou. Para corroborar sua versão, o torcedor corintiano publicou fotos com lesões no dedo e no pulso.
De acordo com o boletim de ocorrência, os policiais militares identificados como Jaciel Ferreira da Silva e Paulo Alexandre Pires de Souza estavam fazendo uma patrulha quando “visualizaram Rogerio gritando palavras contra o atual presidente Jair Messias Bolsonaro”.
“Para evitar um princípio de tumulto, o abordaram e o conduziram a esta delegacia utilizando os meios necessários”, completa o documento que é assinado por Rogerio, Jaciel e Paulo, além da escrivã Juliana dos Santos e da delegada Monia Olga Neubern Pescarmona.
O Portal da Band entrou em contato com a assessoria de imprensa da Secretaria de Segurança Pública, que ressaltou que ação não teve orientação política. “No caso em questão, a conduta foi adotada para preservar a integridade física do torcedor, que proferia palavras contra o presidente da República, o que causou animosidade com outros torcedores, com potencial de gerar tumulto e violência generalizada”, diz a nota divulgada à imprensa.
“A pasta informa que não houve prisão, mas a condução dele por policiais militares ao posto do Juizado Especial Criminal (Jecrim), instalado dentro da Arena Corinthians, onde foi registrado boletim de ocorrência não criminal e depois liberado para voltar a assistir à partida de futebol”, completa.
Confira a nota completa divulgada pela Secretaria de Segurança Pública:
A SSP esclarece que todas as polícias de São Paulo são instrumentos do Estado Democrático de Direito e não pautam suas ações por orientações políticas. Entre as atribuições da Polícia Militar estão: proteger as pessoas, fazer cumprir as leis, combater o crime e preservar a ordem pública. No caso em questão, a conduta foi adotada para preservar a integridade física do torcedor, que proferia palavras contra o presidente da República, o que causou animosidade com outros torcedores, com potencial de gerar tumulto e violência generalizada. A pasta informa que não houve prisão, mas a condução dele por policiais militares ao posto do Juizado Especial Criminal (Jecrim), instalado dentro da Arena Corinthians, onde foi registrado boletim de ocorrência não criminal e depois liberado para voltar a assistir à partida de futebol.