A nomenclatura jurídica vislumbrou condenações diferentes para os dependentes químicos de crack.
Antes, muitos furtavam ou roubavam para manter o vicio em núcleos diversos. Agora, de acordo com dados operacionalizados pelo Tribunal de Justiça (TJ-SP), os viciados passaram a furtar os núcleos familiares.
Em Fernandópolis, por exemplo, cinco pessoas foram condenadas por furtos qualificados cujas penas variaram entre um e dois anos em regime aberto ou fechado. O principal alvo dos furtos são os produtos eletrônicos com maior visibilidade e facilidade de comercialização. Tables, notebook, celulares, aparelhos de som são o termômetro furtivos.
“É uma doença, que se aprofunda com a dependência. Há o hábito, vontade e imaginação para a prática”, explica o psicólogo Odálicio Barbosa.
Em Votuporanga, seis pessoas foram condenadas e Rio Preto, 10. Em Araçatuba e Catanduva, seis cada.Um caso emblemático foi a condenação de um viciado, de Votuporanga, a dois anos e oito meses em regime fechado por ter furtado para si, um aparelho DVD, marca Philips, modelo DVP 4000 DVD Player, cor branca, além de algumas peças de roupa, pertencentes ao seu irmão.
Segundo a denúncia, no dia 22 de abril de 2011,mediante rompimento de obstáculo, consistente na remoção de quatro tijolos cerâmicos, adentrou no interior da residência para praticar o crime.
Em Jales, o filho dilapidou todo os bens eletrônicos da mãe cuja pena chegou a cinco anos. Em Ribeirão Preto e Campinas, as condenações passaram de 15 viciados.