O desembargador Roberto Barros, do Tribunal de Justiça do Acre, cassou, nesta quarta-feira, a decisão da juíza da Vara de Execuções Penais, Luana Campos, que concedia progressão de regime ao coronel reformado da Polícia Militar Hildebrando Pascoal.
O ex-deputado federal, acusado de liderar um grupo de extermínio no Acre nos anos 90, havia sido beneficiado com a progressão de regime fechado para o semiaberto. Ele cumpre pena em Rio Branco por tráfico, tentativa de homicídio e corrupção eleitoral.Em 2009, ele foi condenado pela morte de Agilson Firmino, o Baiano, caso que ficou conhecido como Crime da Motosserra.
Além do direito de sair durante o dia e dormir no presídio, a juíza havia concedido o direito de saída temporária de sete dias, três vezes ao ano. De acordo com sua defesa, Pascoal sofre de pressão alta e osteoporose.
A decisão, porém, foi criticada pelo secretário de Estado de Justiça e Direitos Humanos.Nilson Mourão afirma que Hildebrando Pascoal representa uma ameaça real às pessoas que trabalharam para acabar com o grupo de extermínio que ele liderava.