No terceiro dia de treino da seleção brasileira na arena Red Bull, em Nova Jersey, o técnico Tite esboçou o que deve ser a escalação final da equipe que enfrenta os Estados Unidos nesta sexta-feira (7), no estádio MetLife.
Os jogadores foram separados em duas equipes, uma delas com um colete laranja.
Os “titulares” foram Philippe Coutinho, Casemiro e Fred no meio-campo, os atacantes Douglas Costa, Neymar e Roberto Firmino, o lateral direito Fabinho, o lateral esquerdo Filipe Luís, os zagueiros Thiago Silva e Marquinhos e o goleiro Alisson.
Fabinho é o único deles que não esteve na Copa. Ele substituiu o lateral direito Fagner (Corinthians), cortado após sofrer uma lesão. Marquinhos aparece no lugar do zagueiro Miranda. O defensor do PSG foi titular em todos os jogos das eliminatórias, mas perdeu a posição para Thiago Silva na Copa.
No meio campo, Fred substitui Paulinho. Firmino ganhou a vaga que era de Gabriel Jesus, que foi bastante contestado na Copa e não foi convocado por Tite para os amistosos nos EUA.
No ataque, Douglas Costa substitui Willian como titular. O atacante começou a ser cogitado para o time principal depois do jogo contra a Costa Rica pelo Mundial, mas ficou de fora por uma lesão muscular. Voltou só no segundo tempo da fatídica disputa contra a Bélgica, mas foi um dos que teve uma atuação elogiada.
É o primeiro jogo do Brasil desde a derrota para a Bélgica por 2 a 0 pelas quartas-de-final da Copa do Mundo da Rússia. A seleção também enfrenta El Salvador no próximo dia 11, em partida disputada em Washington.
Nos últimos dias, o discurso dos jogadores, tanto novatos quanto experientes, se mostrou alinhado num ponto: é preciso seguir em frente e focar na Copa América, realizada no Brasil a partir de junho de 2019.
“A derrota contra a Bélgica doeu muito, queríamos levantar a taça. Mas é levantar a cabeça, seguir em frente. Tem a Copa América pela frente e espero que a seleção seja campeã”, afirmou, na segunda-feira (3), o atacante Richarlison (Everton).
O meio-campista Andreas Pereira (Manchester United) também prefere olhar para frente. No caso dele, a situação é ainda mais próxima. Andreas é belga e nunca morou no Brasil. Em vez de escolher vestir a camisa da seleção belga, porém, optou pela canarinho.
“Sempre quis defender meu país, isso não mudou nada. Eu estava me tratando [de uma lesão] na Bélgica quando o Brasil perdeu, foi dolorido”, diz. “É o começo de um novo ciclo. Temos que focar e manter o nível, fazer o melhor para conseguir essa regularidade. Primeiro pensando na Copa América e, depois, vendo passo a passo.”
Para outros, lembrar da Rússia ainda dói. O lateral esquerdo Filipe Luís, reserva de Marcelo na Copa e que jogou contra Sérvia e México, é um dos que admite ter ficado abalado com a derrota.
“Na Copa do Mundo, eu queria ganhar a taça e levar para casa. Tudo o que vivi na Rússia foi o melhor e o pior momento da minha carreira”, conta.
“Foi único, nunca imaginava que fosse desse nível a competição. Todo jogo era especial, e perder do jeito que a gente perdeu foi difícil. Nas férias, não parei de ter pesadelo com a derrota”.
Agora, a única certeza que ele tem é que “o Brasil precisa voltar a ser campeão.” Com informações da Folhapress.