domingo, 24 de novembro de 2024
Pesquisar
Close this search box.

Time do Acre visita arena após ter viagem bancada pelo Palmeiras

Depois do susto, um dia de sonho. Dá para resumir assim as últimas 24 horas dos meninos do Galvez, time que representou o Acre na Copa São Paulo de Futebol…

Depois do susto, um dia de sonho. Dá para resumir assim as últimas 24 horas dos meninos do Galvez, time que representou o Acre na Copa São Paulo de Futebol Júnior.

Eliminados pelo Palmeiras, os garotos não tinham condições financeiras de voltar para casa, conforme seu técnico revelou ainda no campo, após a derrota em Capivari, no último domingo, por 3 a 0. Nesta segunda já com as passagens custeadas pelo próprio Palmeiras, a delegação acreana ainda foi convidada a conhecer a Academia de Futebol e o Allianz Parque.

“Não dá nem para acreditar, até arrepia”, disse o atacante Erick de 19 anos, autor de três gols na competição, enquanto entrava no vestiário da arena palmeirense. “Motivou saber que as passagens de volta já estavam compradas, a gente queria ir além. Já sabíamos disso, mas mesmo assim seguimos na luta até onde conseguimos”, completou.

Como não tinha expectativa de passar da primeira fase da Copinha a diretoria do clube do Acre fez o planejamento comprando passagens aéreas com retorno previsto para o dia 10, um dia após a última partida. Mas o Galvez surpreendeu e avançou em segundo lugar do Grupo 13 com os mesmos seis pontos do Palmeiras (duas vitórias e uma derrota). Na segunda fase, eliminou a Desportiva Ferroviária-ES, mas reencontrou o time alviverde na sequência e acabou eliminado.

Já no hotel em Capivari, sede do grupo, os dois representantes da comissão técnica da equipe que viajaram até São Paulo conversavam com diretores em Rio Branco-AC na noite de domingo para buscar alternativas. “O presidente ia tentar um empréstimo no Banco do Brasil para comprar as passagens”, revelou o técnico Oziel Moreira. Após explicar aos dirigentes do Palmeiras a situação, o clube paulista resolveu não apenas custear a viagem de volta dos 19 atletas, do treinador e do preparador físico, como ainda ofereceu o “tour” por seu centro de treinamento e estádio.

“Solidariedade faz parte do futebol. A gente tinha condições de ajudar e ajudou”, afirmou Paulo Buosi, um dos vice-presidentes palmeirenses que estava presente ao Allianz Parque acompanhando a delegação do adversário. Ao todo, foram desembolsados cerca de R$ 40 mil. Também foram cedidos pares de chuteiras e bolas para os rapazes do Galvez.

Antes de ir até o Allianz Parque, o ônibus que trouxe a delegação acreana – cedido pela Prefeitura de Capivari – passou pela Academia de Futebol. Lá, os jovens conheceram alguns jogadores, como o goleiro Weverton, que é natural de Rio Branco, capital do Acre.

Depois, já na arena, foram até vestiários, gramado (onde puderam tirar fotos ao lado do troféu da Libertadores que o clube conquistou em 1999), camarotes e sala de imprensa. Subiram ao campo pela mesma escadaria que os jogadores utilizam. Foi o momento mais marcante para os garotos.

“Isso aqui é um sonho, imagina lotado então!”, afirmou o também atacante Adriano, de 19 anos. “Moro com meus avós, sempre quis ser jogador e eles me apoiam muito”, contou.

O Galvez retorna nesta noite para casa. Primeiro, vai de São Paulo até Brasília. De lá, seguirá mais três horas de viagem rumo a Rio Branco. Levará na bagagem chuteiras novas, fotos e um monte de história para contar.

Notícias relacionadas