domingo, 24 de novembro de 2024
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Testemunhas teriam sido ameaçadas quando tentaram salvar Daniel

As audiências do caso Daniel, que começaram nesta semana, estão revelando novos detalhes sobre o que aconteceu na noite do assassinato do jogador ex-São Paulo. Nesta quinta-feira (21), testemunhas que…

As audiências do caso Daniel, que começaram nesta semana, estão revelando novos detalhes sobre o que aconteceu na noite do assassinato do jogador ex-São Paulo. Nesta quinta-feira (21), testemunhas que estavam na casa da família Brittes contaram que foram ameaçadas quando tentaram salvar o meia.

Edison Brittes, o Juninho Riqueza, assassino confesso, afirmou para todos presentes que o jogador Daniel tinha tentado estuprar Cristiana Brittes. “O Edison falava: ‘olha o cara que estava estuprando a minha mulher”, disse uma testemunha, que deu depoimento em sigilo.

Essa declaração de Juninho teria influenciado 3 jovens, que ajudaram nas agressões e torturas: “eles falaram que o Daniel tinha mexido com mulher de bandido, então ia morrer”.

A mesma testemunha contou que ouviu pedidos de socorro de Daniel, dizendo que não queria morrer, mas foi ameaçada quando tentou entrar no local onde começaram as agressões: “quando estavam os 4 no quarto, entrei e pedi: ‘nossa, pelo jeito que ele está, vai matar ele. Daí eles me empurraram e falaram que era para eu parar de tentar separar. Se não, ia apanhar junto”.

Outra testemunha revelou que mais uma pessoa foi interrompida enquanto aconteciam as agressões: “a Stephany foi tentar chamar o Samu, e o Edison mandou todo mundo fazer nada e ficar quieto”.

De acordo com alguns depoimentos, Cristiana Brittes também pediu ajuda para Daniel, gritando “socorro”. Uma frase que ela teria dito causa divergência na Justiça. Testemunhas afiram que ela falou: “não matem ele dentro de casa”. Isso pode ser visto como um pedido para que ele fosse morto fora de casa. Mas uma das testemunhas afirmou na audiência que não entendeu desta forma. Cristiana está sendo acusada de participar do homicídio, justamente por não ter feito nada para impedir o assassinato.

O caso Daniel

Ex-jogador do São Paulo e do Botafogo, Daniel foi encontrado morto, torturado e sem o pênis em São José dos Pinhais, em novembro de 2018. Edison Brittes Junior, também conhecido como Juninho Riqueza, assumiu o assassinato. Ele alega que fez isso porque encontrou Daniel tentando estuprar a esposa, Cristiana. As investigações indicaram que outras 3 pessoas participaram das agressões.

Portanto ao todo existem 7 réus: Juninho Riqueza, Cristiana Brittes, Allana Brittes (filha do casal, acusada por coação de testemunha e fraude processual), Evellyn Brisola Perusso (ex-ficante de Daniel, acusada por denunciação caluniosa e fraude processual) e os 3 acusados de agressão – Eduardo Henrique Ribeiro da Silva, Ygor King e David Willian Vollero Silva.

As audiências na 1ª Vara Criminal de São José dos Pinhais estão reunindo testemunhas de acusação, de defesa e também os reús. Depois a juíza vai determinar se os reús irão para júri popular ou não.

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