sábado, 23 de novembro de 2024
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Terroristas do Hamas que atacaram Israel estavam sob efeito de droga

O ataque terrorista de 7 de outubro cometido pelo Hamas no sul de Israel teve um “combustível” diferente. De acordo com o Canal 12, de Israel, os extremistas palestinos estavam…

O ataque terrorista de 7 de outubro cometido pelo Hamas no sul de Israel teve um “combustível” diferente. De acordo com o Canal 12, de Israel, os extremistas palestinos estavam sob efeito de captagon, uma droga sintética conhecida como “cocaína dos pobres” ou “droga dos jihadistas”. A substância teria sido encontrada num bolso de um dos terroristas abatidos após a sangrenta invasão, que deixou centenas de mortos e outras centenas de sequestrados. Captagon deixaria os radicais mais alertas, destemidos e sem apetite. Segundo o jornal israelense “Jerusalem Post”, a droga também é usada por integrantes do Estados Islâmico em ataques terroristas.

Produzida inicialmente na Alemanha, nos anos 1960, a captagon foi utilizada no combate a depressão, transtornos de déficit de atenção, narcolepsia e era vendida sob prescrição médica no Ocidente, embora mais tarde tenha sido proibida após o seu alto potencial viciante foi demonstrado.

De acordo com relatos de inteligência, a captagon não se tornou apenas um acessório para ataques terroristas do Estados Islâmico. A droga também passou a ser produzida pelo grupo radical, tornando-se a sua principal fonte de receita, já que está espalhada pelo Oriente Médio, pelo Golfo Pérsico e pelos Bálcãs.

Os grandes lucros teriam até seduzido o governo da Síria, onde a droga seria produzida — o Líbano seria outro importante fabricante.

“Nosso estudo mostrou que o captagon se tornou a principal fonte de receita do governo sírio”, disse à BBC News Mundo Caroline Rose, pesquisadora do Newlines Institute for Policy and Strategy, um centro de estudos com sede em Washington (EUA). “Tudo sugere que pessoas próximas a (presidente sírio) Bashar Al-Assad, incluindo o seu irmão mais novo, Maher al-Assad, comandante da Quarta Divisão Blindada do Exército, estejam por trás desse negócio, que se tornou o principal produto de exportação da Síria”, completou ela.

O Ministério do Interior da Síria rebateu o estudo, alegando que “a Síria desempenha um papel importante no apoio aos esforços da comunidade internacional para combater o crime em geral e o tráfico de drogas, em particular”.

Segundo reportagem do Canal 12, nos últimos anos a captagon se tornou bastante popular na Faixa de Gaza.

As pílulas – que podem ser compradas por 1 dólar (cerca de R$ 5) cada nos países pobres – induzem sensações de euforia, reduzem a necessidade de sono, suprimem o apetite e fornecem energia sustentada. A droga é supostamente uma mistura de fenetilina, cafeína e outras substâncias, que podem variar de acordo com o produtor.

Uma testemunha descreveu os terroristas que entraram no sul de Israel como tendo “uma alegria louca nos olhos, como se estivessem drogados de alguma coisa” enquanto realizavam o ataque ao kibutz Be’eri e faziam reféns, segundo a revista “The New Yorker”.

Segundo pesquisa do Newlines Institute, somente em 2021, o mercado ilegal de captagon gerou lucros estimados em US$ 5,7 bilhões (R$ 28,2 bilhões).

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