Mais uma despesa para o consumidor neste início de ano. Termina nesta sexta-feira o prazo para que seja retirado, trocado ou adaptado os engates dos automóveis. A determinação faz parte faz parte da nova legislação aprovada pelo Conselho Nacional de Trânsito, o Contran. O engate é comum em veículos que puxam barcos, reboques e trailers, mas também acabou virando moda no Brasil. O equipamento atualmente é utilizado de forma indevida em veículos de passeio, simplesmente para proteger a pintura dos pára-choques, sem se importar com o estrago que o adereço pode provocar estrago nos outros carros. Os engates reduzem a segurança dos passageiros dos veículos em caso de acidentes mais graves, pois os pára-choques e a lataria dos veículos são projetados para absorver o impacto. Portanto, o engate anula o efeito-sanfona nas colisões, como explica o Coordenador Geral de Infra-estrutura, do Departamento Nacional de Trânsito, Orlando Moreira da Silva.
Muitas vezes um engate mal instalado, não permite esse efeito sanfona de tal forma que acaba transferindo para os ocupantes do veículo um impacto muito maior. Então, o engate, se não estiver instalado de forma adequada, pode sim agravar a situação dos ocupantes do veículo em caso de colisão traseira.
Nenhum engate à venda atualmente no mercado cumpre com a nova legislação. Os fabricantes e instaladores terão de seguir normas estabelecidas pelo Inmetro. Dessa forma, o equipamento deve ter esfera maciça apropriada para tração e dispositivo para fixação de corrente de segurança. As superfícies cortantes estão proibidas. Alguns fabricantes oferecem kits de adaptação. Quem não cumprir as novas regras estará sujeito a aplicação de multa de R$ 127,69. A infração é considerada grave e confere cinco pontos na Carteira Nacional de Habilitação.
