Em menos de uma semana três acidentes foram registrados no quilômetro 126 da rodovia Péricles Belini, próximo ao Frigorífico Frango Rico. Dois deles – um na quinta e outro na sexta-feira – fizeram duas vítimas fatais.
O primeiro foi o motorista da Truck Galego, Jovelino Upaiolo, 58 anos, e um dia depois a vítima foi José Roberto Lopes, de 56. Na noite de terça-feira, por volta das 18h45, um novo acidente foi registrado pelos policiais rodoviários. Desta vez, a colisão transversal entre um Corsa, placas CZZ- 0168, de Fernandópolis, e um Chevy 500, placas KAZ-8796, de Catalão, deixou duas vítimas com ferimentos.
O condutor do Chevy 500, Sebastião Cainelo, 66 anos, de Votuporanga, sofreu ferimentos leves e foi encaminhado à Santa Casa. A passageira do Corsa, Adriana Aparecida Santos Navas, de 33 anos, de Fernandópolis, também precisou ser socorrida até o hospital. Já o motorista João H. Zago Navas, 35 anos, morador de Fernandópolis, nada sofreu.
Segundo o boletim de ocorrência da Polícia Rodoviária, o Corsa transitava no sentido Votuporanga a Álvares Florence, quando no quilômetro 125 colidiu transversalmente com o Chevy 500 que cruzava a via sem os devidos cuidados.
A provável causa do acidente seria a falta de atenção de Cainelo em atravessar a rodovia.
DER
Na manhã de ontem, a reportagem entrou em contato com o engenheiro chefe do escritório do DER de Votuporanga, José Eduardo Alves. Segundo ele, o Departamento de Estradas de Rodagem não tem culpa sobre os acidentes que estão acontecendo naquele trecho da rodovia Péricles Belini.
Para Alves, o fato dos freqüentes acidentes ocorrerem naquele local dá se pela imprudência dos motoristas. “Os acidentes começaram agora, com tanta freqüência, mas o que mudou na rodovia, naquele ponto específico, em dois anos? Nada. Ou seja, se os acidentes estão acontecendo, não é culpa da pista, mas dos condutores que são imprudentes”, afirmou.
O engenheiro do DER ainda destacou que os dois acidentes da semana passada, em que um caminhão baú colidiu na traseira da motocicleta, arrastando o condutor e passageiro por cerca de 50 metros, e a colisão frontal entre uma caminhonete e um caminhão de combustível, trazem a marca da imprudência, seja do condutor do caminhão baú ou de um motociclista que teria causado a morte do funcionário da Truck Galego.
Distrito
Na opinião do vendedor Mauro Domiciano Alves, que utiliza a rodovia toda semana para o trabalho, muitos dos acidentes que acontecem naquela região podem também ser analisados pelo ângulo de que os motoristas cruzam a rodovia para ter acesso às indústrias localizadas no III Distrito.
“Além da imprudência, eu acredito que a falta de opção para ter acesso às fábricas seja um fator determinante. Pensa bem: se a pessoa tivesse a opção de um pontilhão, ou de um trevo, tudo bem, mas não existe. Então o mais fácil é cruzar a rodovia, do que você ter que gastar mais para ter acesso ao pontilhão da Euclides da Cunha e retornar embaixo”, disse.