O clima seco e a baixa umidade do ar estão sendo fundamentais para aumentar o número de queimadas. Os meses julho, agosto e setembro já são considerados os mais quentes e de baixo índice pluviométrico e é por isso que o Corpo de Bombeiros tem tomado uma série de iniciativas a fim de enfrentar este período de estiagem sem atropelos. De longe, a maior preocupação diz respeito aos incêndios florestais. Para se ter uma idéia, dos 40 mil incêndios registrados pelo Corpo de Bombeiros em 2006, 75% ocorreram na mata. Isso quer dizer que a cada dia os bombeiros registram 82,2 queimadas em plantações e fazendas do interior. Para evitar que esses acidentes não voltem a acontecer, recentemente os bombeiros distribuíram um folder com orientações aos cidadãos para evitar a proliferação de queimadas. Afinal, embora ventos frios à noite, clima seco e falta de chuvas contribuam – e muito – para as tragédias, o fator humano é determinante. Diz o panfleto que não se deve jogar pontas de cigarros acessos nas margens das rodovias, deve-se evitar fogueiras próximas às matas e também é preciso ter muito cuidado para não provocar queimadas desordenadas durante a limpeza de terrenos e preparo do plantio. O Corpo de Bombeiros, presente em 225 dos 645 municípios paulistas, promove um curso específico para combate a incêndios dessa ordem. Batizado de “Treinamento de Operação Mata Fogo”, as aulas orientam o profissional a aplicar as técnicas e equipamentos corretos durante as ocorrências. No dia-a-dia, os 9.271 soldados da corporação estão prontos para operar desde pás e enxadas até abafadores e bombas costais. A variedade de técnicas empregadas também é grande e inclui, por exemplo, o pinga fogo (quando usa-se fogo para combater fogo) e os ataques aéreos (quando certa quantidade de água é despejada de uma aeronave).