domingo, 22 de dezembro de 2024
Pesquisar
Close this search box.

Tempo seco acende alerta sobre as infecções respiratórias

No inverno, que segue até 23 de setembro, as baixas temperaturas, a baixa umidade relativa do ar, a falta de chuvas e as frequentes queimadas podem intensificar diversos problemas respiratórios,…

No inverno, que segue até 23 de setembro, as baixas temperaturas, a baixa umidade relativa do ar, a falta de chuvas e as frequentes queimadas podem intensificar diversos problemas respiratórios, como resfriados, alergias e gripes. O tempo, quando seco, concentra mais poluentes, provocando irritações nas vias aéreas e o inverno por sua vez intensifica ainda mais todo esse processo.

“Nós estamos com umidade relativa do ar abaixo de 40% aqui em nossa região. Quando isso acontece precisamos ligar o sinal de alarme, pois as chances de ressecamento das nossas vias aéreas estão elevadas, diminuindo alguns mecanismos de defesa contra poeira, poluição, vírus, bactérias e fungos. Então é muito importante ficar atento aos sintomas de irritação pelo tempo seco, que são principalmente: tosse seca, ardência na garganta e nas narinas, além de epistaxe que é sangramento nasal”, explica a médica pneumologista Isabela Sanches.

Muitas pessoas acabam atrelando as doenças respiratórias ao frio intenso, mas a realidade é que o maior causador de danos nos pulmões e nas vias de respiração é a falta de umidade no ar, como a registrada em nossa região nos últimos dias.

A estação meteorológica de Fernandópolis registrou, na última quarta-feira, dia 25, valores de umidade do ar que ficaram entre a mínima de 17,3% e a máxima de 47,1%, segundo dados do Centro Integrado de Informações Agrometeorológicas.

No corpo humano, a umidade do ar provoca uma perda maior de calor e água durante a respiração e a diminuição na produção mucosa das vias respiratórias causando assim inflamações.

“Então é muito importante se hidratar, exceto aos pacientes que têm indicação de restrição hídrica. Os demais, beber pelo menos dois litros de água por dia, lembrando que a hidratação começa de dentro para fora. É importante hidratar as vias aéreas, lavar o nariz com soro fisiológico sempre que necessário, umidificador de ar pode ser uma alternativa importante. Se não tiver umidificador pode se usar uma toalha molhada para umidificar o ambiente”, complementa a médica.

DOENÇAS RESPIRATÓRIAS COMUNS

As doenças que são mais frequentes nesse período são a rinite alérgica, asma, resfriados, pneumonias e gripes. A gripe é uma infecção viral respiratória causada pela família dos vírus Influenza, com maior possibilidade de gravidade em relação aos resfriados mais comuns. Já a Covid-19, é uma doença causada pelo vírus SARS CoV-2, que pode ter sintomas leves como um resfriado até quadro de pneumonia viral grave. A pneumonia também pode levar a complicações, principalmente naqueles pacientes imunossuprimidos e idosos.

PREVENÇÃO

Hoje existem vacinas que previnem infecções respiratórias, como as da gripe influenza, a da Covid-19 e a vacina antipneumococo, que é o principal causador de pneumonia. Manter a consulta em dia e visitar um médico sempre que há algum sintoma diferente é fundamental para contribuir no diagnóstico precoce e no tratamento.

É importante reforçar que não existem medicamentos para prevenir essas infecções, então há a necessidade de gerenciar os riscos pessoalmente, mantendo os cuidados de higiene pessoal, uso de máscara, evitando aglomerações e ambientes não ventilados, além de realizar o isolamento em caso de sintomas respiratórios. Dessa forma, pode-se reduzir a proliferação de doenças respiratórias e suas complicações nessa época do ano.

Notícias relacionadas