Aproximadamente 50% dos alunos, ou seja, cerca de 1,6 mil estudantes com idade entre 6 e 11 anos, do Ensino Fundamental da Rede Municipal de Ensino, da Secretaria da Educação, Cultura e Turismo da Prefeitura de Votuporanga, devidamente matriculados nos Centros de Educação Municipal (CEM), participam do programa Escola de Tempo Integral.
O Programa teve início em 2002, como Centro de Convivência Infanto-Juvenil (CCIJ), em seguida foi estendido, ainda no ano de 2002, para três CEM, no “Profª Clary Brandão Bertoncini”, “Prof. Geyner Rodrigues” e “Prof. Benedito Israel Duarte”, quando foi intitulado “Clube da Turma”. Em 2003 o programa foi incluído em todas as unidades escolares, funcionando até o ano de 2008 como “Clube da Turma”.
A Escola de Tempo Integral teve início em 2009, nas unidades de ensino fundamental de Votuporanga e atualmente desenvolve atividades como: artesanato, letramento, língua estrangeira, matemática, educação ambiental, saúde e qualidade de vida, capoeira, música, dança, expressão corporal, futebol de salão, xadrez, recreação, contação de histórias e horas de estudos. Todas as aulas do programa acontecem no contra turno, ou seja, se o aluno estuda no período da manhã participa do projeto à tarde e vice-versa.
Com as aulas do programa Escola de Tempo Integral os alunos têm disciplinas que nunca imaginaram aprender, como informou a professora de artesanato, Angélica Maria Escavassa Scabin. “Alunos de 7 e 8 anos já estão começando a fazer ponto cruz, crochê, vagonite, entre outros pontos e bordados. Crianças que no início do ano letivo não sabiam nem pegar em uma agulha e com menos de 2 meses de aula já estão bordando. Isso é gratificante”, enfatizou Angélica.
Para os alunos, as aulas são uma descoberta diária. “É muito legal saber como são feitos os instrumentos e depois aprender a tocá-los”, comentou Diogo Rogério Francisco, de 10 anos, aluno do 5º ano do CEM Duarte, que toca xilofone.
Já Sabrina Candido Leal, de 8 anos, aluna do 3º ano, as aulas de dança são a “paixão” da garota desde o 1º ano. “Gosto de todos os ritmos, mas o que mais me agrada são os passos do balé. Fico fascinada”, destacou a estudante.
Segundo a secretária da Educação, Cultura e Turismo de Votuporanga, Silvia Cristina Rodolfo, atualmente o programa da Escola de Tempo Integral atende apenas os alunos cujos pais e/ou responsáveis trabalham e não tem com quem deixar seus filhos. “Hoje atendemos 50% dos estudantes, mas com as reformas e ampliações nas unidades escolares da rede municipal pretendemos aumentar essa demanda nos próximos anos”, enfatizou Silvia. Os pais que queiram inscrever seus filhos no Programa da Escola de Tempo Integral devem procurar a unidade escolar em que seu filho encontra-se devidamente matriculado.
O Programa Escola de Tempo Integral em Votuporanga acontece nos 12 Centros de Educação Municipal: o CEM “Profª Anita Liévana Camargo”; CEM “Prof. Benedito Israel Duarte”; CEM “Profª Clary Brandão Bertoncini”; CEM “Prof. Faustino Pedroso”; CEM “Prof. Geyner Rodrigues”; CEM “Profª Irma Pansani Marin”; CEM “Profª Maria Izabel Martins de Oliveira”; CEM “Profª Maria Martins e Lourenço”; CEM “Deputado Narciso Pieroni”; CEM “Profª Neyde Tonanni Marão”; CEM “Prof. Orozimbo Furtado Filho” e CEM “Prof. Valdir Gonçalves de Lima”.
Mais Educação
Três unidades escolares municipais de Votuporanga (Duarte, Clary e Neyde) ainda participam, desde o segundo semestre de 2012, do programa Mais Educação, criado pela Portaria Interministerial nº 17/2007, que aumenta a oferta educativa nas escolas públicas por meio de atividades optativas que foram agrupadas como: acompanhamento pedagógico, meio ambiente, esporte e lazer, direitos humanos, cultura e artes, cultura digital, prevenção e promoção da saúde, educação científica e educação econômica.
A iniciativa é coordenada pela Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (SECAD/MEC), em parceria com a Secretaria de Educação Básica (SEB/MEC) e com as Secretarias Estaduais e Municipais de Educação. Sua operacionalização é feita por meio do Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE), do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).
O programa visa fomentar atividades para melhorar o ambiente escolar, tendo como base estudos desenvolvidos pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), utilizando os resultados da Prova Brasil de 2005. Nesses estudos destacou-se o uso do “Índice de Efeito Escola – IEE”, indicador do impacto que a escola pode ter na vida e no aprendizado do estudante, cruzando-se informações socioeconômicas do município no qual a escola está localizada.
As atividades tiveram início em 2008, com a participação de 1.380 escolas, em 55 municípios, nos 27 estados para beneficiar 386 mil estudantes. Em 2009, houve a ampliação para 5 mil escolas, 126 municípios, de todos os estados e no Distrito Federal com o atendimento previsto a 1,5 milhão de estudantes, inscritos pelas redes de ensino, por meio de formulário eletrônico de captação de dados gerados pelo Sistema Integrado de Planejamento, Orçamento e Finanças do Ministério da Educação (SIMEC).
Para o desenvolvimento de cada atividade, o governo federal repassa recursos para ressarcimento de monitores, materiais de consumo e de apoio segundo as atividades. As escolas beneficiárias também recebem conjuntos de instrumentos musicais e rádio escolar, dentre outros; e referência de valores para equipamentos e materiais que podem ser adquiridos pela própria escola com os recursos repassados.