sábado, 23 de novembro de 2024
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Tempo de mandato do presidente coloca Palmeiras em “guerra”

No próximo dia 21, o Palmeiras vai votar alteração no estatuto e aquecer o clima para a eleição presidencial de novembro. O Conselho Deliberativo decidirá se aumenta o mandato do…

No próximo dia 21, o Palmeiras vai votar alteração no estatuto e aquecer o clima para a eleição presidencial de novembro.

O Conselho Deliberativo decidirá se aumenta o mandato do presidente de dois para três anos, como querem o atual ocupante do cargo, Mauricio Galiotte, e a empresária Leila Pereira, ou se mantém o formato, como deseja o ex-presidente e adversário político da dupla, Mustafá Contursi.

A discussão sobre a mudança no tempo de comando começou ainda no primeiro mandato de Paulo Nobre (2013 a 2014). Os defensores explicam que, das principais equipes do futebol brasileiro, somente Palmeiras, Internacional e Sport têm gestões bienais. Além disso, sustentam que os três anos permitem uma governabilidade maior.

Entre os contrários estão nomes tradicionais da política alviverde como Gilto Avallone e Roberto Frizzo. As críticas principais do grupo são ao fato de a mudança ser uma alteração brusca no estatuto, entrar em vigor já na próxima eleição e, portanto, poder beneficiar quem já está no comando. O processo também é tratado como uma forma de antecipar a chegada de Leila Pereira à presidência e possibilitar que ela suceda Maurício Galiotte logo após a saída dele.

Se a alteração for aprovada, o ganhador do pleito de novembro ficará no cargo até 2021. A mudança gera polêmica e tem como pivô principal a presidente da Crefisa. Favorável ao mandato de três anos, Leila Pereira atua nos bastidores para conquistar mais apoiadores. Se a alteração for aprovada, ela teria tempo para atender o requisito necessário para se candidatar à presidência em 2021.

Eleita conselheira do Palmeiras em 2017, Leila Pereira precisa obrigatoriamente estar no mínimo no segundo mandato de quatro anos na função para concorrer ao comando do clube. Isso pode ser cumprido em fevereiro de 2021, data do novo pleito para o Conselho, e nove meses antes disputa presidencial.

Nos bastidores, a empresária tem se movimentado bastante. No próximo dia 17 ela vai realizar um jantar em um hotel em São Paulo para selar o apoio de conselheiros à mudança. Nos últimos dias, Leila Pereira convidou potenciais aliados para embarcar em seu jatinho e ir ao Rio de Janeiro e a Buenos Aires ver jogos do Palmeiras. O próximo embarque será neste final de semana para Curitiba. Seus adversários apelidaram as viagens de “aeroestatuto”.

Os contrários à alteração também têm atuado nos bastidores. Uma corrente defende o não comparecimento em peso à reunião no Conselho Deliberativo para diminuir a possibilidade de aprovação. A mudança avança se no mínimo 143 dos 284 conselheiros (50% mais um voto) aceitarem a proposta, que pode ser votada independentemente do número de presentes. O passo seguinte é a apreciação do assunto pelos demais sócios.

A disputa presidencial deve ter como adversários dois antigos aliados. Mauríxio Galiotte deve buscar a reeleição contra um dos antigos vices. Genaro Marino Neto se afastou do atual mandatário e deve contar com o apoio dos ex-presidentes Mustafá Contursi e Paulo Nobre. Galiotte terá como principal aliada Leila Pereira.

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