Recentes detecções feitas pelo telescópio Wise da NASA abriram um debate polêmico sobre a possível existência de “esferas de Dyson,” estruturas hipotéticas que seriam construídas por civilizações alienígenas para capturar energia de suas estrelas. Em maio de 2024, o Projeto Hefesto identificou sete objetos incomuns com assinaturas infravermelhas que levantaram suspeitas de que poderiam ser essas megaestruturas. A descoberta reacendeu o interesse na busca por sinais de vida extraterrestre no universo.
Entretanto, astrônomos oferecem uma explicação mais plausível para essas detecções. Andrew Blain, da Universidade de Leicester e membro da equipe do telescópio Wise, sugere que os sinais captados são, na verdade, de “Hot DOGs” (galáxias obscurecidas por poeira quente). Essas galáxias contêm buracos negros supermassivos em seus centros, que emitem intensa radiação infravermelha, tornando-as visíveis para instrumentos como o Wise. Blain argumenta que a confusão entre os sinais das Hot DOGs e as hipotéticas esferas de Dyson levou às interpretações sobre civilizações alienígenas.
Apesar da controvérsia, Blain reconhece a importância de estudos mais aprofundados desses objetos. Ele ressalta que, mesmo que a hipótese das esferas de Dyson seja improvável, as Hot DOGs ainda representam um campo interessante para a astronomia. O pesquisador alerta que, embora a ideia de megaestruturas alienígenas seja fascinante, é necessário cautela ao analisar os dados do Wise antes de tirar conclusões precipitadas.
