Uma técnica de enfermagem, de 24 anos, denunciou nesta sexta-feira (7), que foi vítima de estupro, na última quarta-feira (5), no Hospital Beneficência Portuguesa, em São José do Rio Preto (SP).
Segundo o boletim de ocorrência, a vítima conta que teria sido estuprada por um auxiliar de enfermagem, de 39 anos, em um dos quartos do hospital na quarta-feira.
Ela diz que foi abordada e estuprada pelo homem dentro do banheiro.
A vítima contou ainda para a polícia que decidiu ficar calada e não falar sobre o estupro por medo e vergonha.
NESTA SEXTA-FEIRA
É provável que o caso fosse se repetir nesta sexta-feira (7), no mesmo quarto do hospital.
A polícia foi chamada e ao chegar no quarto, os policiais encontraram a vítima trancada em um banheiro e com muito medo.
De acordo com o relato da vítima, ela estava no quarto usando o celular quando o colega de trabalho entrou no quarto.
Ela imediatamente desligou a ligação e ligou para a chefe, sem deixar o suspeito perceber a ação.
De acorod com o boletim de ocorrência, ela pedia para que o homem se afastasse e saísse do quarto onde eles estavam.
O suspeito ignorou a vítima e começou a andar na direção dela mandando que a mesma ficasse quieta.
A vítima caiu em uma poltrona e o suspeito conseguiu ficar entre as pernas da vítima. Segurando os braços dela fortemente, ele notou que ela estava em uma ligação com a chefe.
Antes de sair do quarto, ela contou que o homem teria dito “veja bem o que você vai fazer”.
ELE FOI SOLTO
O delegado plantonista entendeu que não houve flagrante e soltou o suspeito.
“Me convenci que não está presente o estado de flagrante, ou seja, o possível crime de estupro aconteceu no dia 5, há dois dias. Durante os depoimentos, me pareceu que poderia ter ocorrido uma nova tentativa de estupro, porém, após atenta oitiva, à narrativa da vítima, me pareceu que houve um mero questionamento por parte do investigado”.
A perícia não foi até o local por conta da pandemia da covid-19, causada pelo novo coronavírus.
“Em relação ao sangue que foi fotografado na parede, por se tratar o local de área de tratamento de pacientes com covid-19, bem como pelo fato de hoje estar ali pacientes com covid-19, por segurança de todos os envolvidos, em especial dos peritos, e pela existência de outras provas, não se realizou perícia no local”, finalizou o delegado.
Um inquérito foi instaurado para investigar o caso.
HOSPITAL
Por meio de nota, o hospital comentou o caso.
“O hospital informa que está apurando o caso bem como auxiliando a Polícia Militar para checar se há ou não confirmação dos fatos. Esta é a primeira vez da história da Instituição que se relata um incidente como este dentro de seus quadros. A Beneficência Portuguesa de Rio Preto repudia qualquer ato de violência e comunica que já afastou o funcionário acusado, bem como se pôs à disposição para prestar todo atendimento a denunciante”.