O auditor Samy Wurman, do Tribunal de Contas do Estado – TCE notificou os representantes diretos da Secretaria Estadual de Saúde e também da Fundação Pio XII, mantenedora do Hospital do Câncer de Barretos para explicar os valores repassado à entidade.
“Consigno que o prazo para resposta é de 15 dias úteis, informando os destinatários de que, na ausência de notícias, o processo poderá ir a julgamento à revelia, podendo, ainda, ensejar a aplicação da multa prevista no inciso III, do artigo 104, da Lei Complementar nº 709, de 14 de janeiro de 1993. Decorrido o prazo, sem resposta dos interessados, notifiquem-se,pessoalmente, os responsáveis”, escreveu o auditor.
Darão explicações o secretário de saúde David Everson Uip ,Wilson Modesto Pollara – secretário adjunto – o responsável pela Comissão de avaliação, Haino Burmester e da Fundação Pio XII – Scylla Duarte Prata. Os valores repassados que culminaram com as prestações de contas de 2014, são de R$ 10.209.902. Após celeuma do anúncio do fechamento da unidade do Hospital de Câncer de Barretos em Fernandópolis a Secretaria de Estado da Saúde informou a realização de uma auditoria na Fundação Pio XII, que administra o hospital.
O fechamento do ambulatório de Fernandópolis, por questões financeiras, foi anunciado pela direção do hospital neste mês.Segundo o diretor da fundação, Henrique Prata, a crise é provocada pela falta de repasses do governo estadual. A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo informou que a Fundação Pio XII, recebeu desde janeiro de 2013, cerca de R$ 700 milhões para realizar os atendimentos em suas unidades, incluindo a de Fernandópolis, e que mais R$ 36,5 milhões estavam previstos para este ano.
“Desse total, R$ 178 milhões foram repassados pela pasta estadual de forma absolutamente voluntária, para ajudar a cobrir o subfinanciamento federal na área da saúde”, informou a Secretaria de Estado.
Questionada sobre a instalação da auditoria da Secretaria de Saúde, a Fundação Pio XII informou em nota que a avaliação “está sendo aplicada em todos os hospitais do Estado de São Paulo que possuem convênio do SUS que a instituição já havia sido informada sobre a realização em 4 de maio de 2016”.
Para Henrique Prata, “está insuportável arcar sozinho com uma responsabilidade que foi assumida em parceria com o governo do Estado”, disse “As empresas estão tendo dificuldades para nos ajudar, eu vi que o governo não priorizou Fernandópolis e ficou insuportável para nós, porque sem credenciamento não tenho condições nenhuma de tocar”.
A unidade será administrada por uma irmandade religiosa católica com mais de 19 hospitais no interior do Estado.
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