O suspeito José Ormando, 27 anos, foi preso em flagrante pela Polícia Militar e liberado pela Polícia Civil após ferir com um canivete e tentar roubar um taxista, na madrugada de domingo.
Segundo informações do boletim de ocorrência da Polícia Militar, o taxista Benedito Jesus Amalfi, 52 anos, encontrava-se no ponto de táxi da Rodoviária de Catanduva João Caparroz, quando foi abordado por um indivíduo que pediu para que o levasse até Catiguá.
Ao chegar àquela cidade, o suspeito pediu para que o taxista parasse o veículo no cruzamento da Avenida José Zancaner com Rua Francisco Pascoal e, antes de desembarcar sacou um canivete de 11 centímetros de lâmina, levou-o até a garganta do taxista e anunciou o assalto.
A vítima, na tentativa de se defender, foi ferida com um corte na mão direita e em seguida o suspeito sacou um objeto semelhante a um revólver. Assustado, o taxista abriu a porta do veículo e correu pedindo socorro, momento em que o suspeito fugiu. O taxista foi socorrido no pronto-socorro do Hospital Padre Albino para ser medicado e, após receber nove pontos na mão, foi liberado.
Durante o atendimento da vítima no hospital, os policiais, com as características do suspeito, realizaram diligências em Catiguá e conseguiram capturá-lo escondido no quintal de uma residência.
A pedido dos policiais, Amalfi retornou à Base da Polícia Militar em Catiguá e reconheceu o suspeito que confirmou ter praticado o delito.
Os policiais militares convictos do flagrante por tentativa de roubo acionaram, via telefone, a Polícia Civil que se negou a registrar a ocorrência devido à greve da categoria. O suspeito foi liberado. Foram apreendidos o canivete, objeto semelhante a arma de fogo e facão de cortar cana.
Momentos de tensão
O taxista afirmou à reportagem do Notícia da Manhã que passou momentos de aflição e medo.
“No momento que o rapaz pediu para que eu parasse o carro, duas viaturas da polícia passavam pelo local e observei que o passageiro esperou as viaturas passarem, para depois anunciar o assalto. Quando ele sacou a faca entrei em luta corporal e, ao segurar a arma com a minha mão, fui ferido, em seguida o bandido puxou um objeto semelhante a um revólver, quando abri a porta e corri a pedir ajuda. A primeira coisa que pensei foi em minha família”, explicou o motorista.
A vítima afirmou que trabalha há três anos no ponto de táxi da rodoviária e que nunca havia passado por nenhum assalto. “Quero agradecer o desempenho da Polícia Militar que fez de tudo para capturar o indivíduo, mas infelizmente ele foi liberado pela Polícia Civil. Agora outros taxistas correm o risco de ser assaltados pelo mesmo rapaz”, disse Amalfi.
O taxista alegou que, ao ser abordado pelo indivíduo, no ponto, o rapaz procurava por outro taxista, que coincidentemente foi assaltado por três indivíduos no dia 25 de setembro, mas, como o motorista não estava no ponto, Amalfi realizou a corrida.
O último caso de assalto a taxistas em Catanduva foi registrado no dia 25 de setembro, quando o motorista José Aversani Filho, 59 anos, que trabalha no ponto da Rodoviária, foi agredido e assaltado por três indivíduos.
Na ocasião, três rapazes combinaram uma corrida até o bairro Jardim Imperial. No local, o motorista foi agredido com um soco na cabeça e imobilizado com uma “gravata”. Em seguida, o trio fugiu para um canavial com R$ 200 em dinheiro. (Marcelo Ono)
