A taxa de analfabetismo em cem das 104 cidades da região pesquisadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) é mais alta do que a média do Estado de São Paulo. Somente Rio Preto, Bady Bassitt, Barretos e Ilha Solteira ficaram com índices abaixo ou iguais ao da média do Estado. Segundo o levantamento de 2010, a média estadual é de 4,3% de analfabetos. Porém, em Dirce Reis a porcentagem de habitantes que declarou não saber ler nem escrever é de 13,9%. Em Mesópolis e Guzolândia, a porcentagem é de 13,6% cada.
O diretor do departamento de Educação de Guzolândia, Edson Ferrari, atribui o alto índice da cidade ao corte da cana-de-açúcar. “Muita gente de outros lugares vem trabalhar, principalmente na época da safra, e é analfabeto. Isso aumenta nosso índice. A gente vai atrás, coloca anúncio no rádio, carro de som, mas eles não têm vontade de estudar”, afirma Ferrari. “As aulas da Educação de Jovens e Adultos são ministradas à noite, e essas pessoas acordam muito cedo para trabalhar. Isso dificulta e a gente fica sem ter o que fazer”, diz o diretor.
O professor universitário e especialista em indicadores educacionais José Francisco Soares considera inaceitáveis índices tão altos no Estado de São Paulo. “As cidades, por menores que sejam, devem ir em busca dessas pessoas e e tentar convencê-las a se alfabetizarem. Essas pessoas são, cada vez mais, excluídas do mercado de trabalho”, afirma.
Fonte:Jornal Diário da Região