O ex-ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas (Republicanos), candidato ao Governo de São Paulo, defende a construção de um plano de carreira para a Polícia Militar como uma das principais ações para o crescimento da segurança pública em São Paulo.
Durante sabatina no Jornal da Manhã, da Jovem Pan, nesta sexta-feira, 19, ele falou em ações coordenadas com iniciativas do governo federal e defendeu a valorização profissional como o caminho para diminuir o déficit de quase 15 mil agentes. “Essa questão do efetivo é fundamental para que a gente dê condição da polícia fazer o seu trabalho de investigação. E, assim, a gente melhora a percepção de segurança. A gente precisa valorizar as carreiras, porque os salários são baixos e, aí, você não consegue reter os profissionais. Vários Estados já deram passo de migrar para a questão do subsídio e São Paulo ainda não. É ruim assistência de saúde, é ruim a assistência jurídica”, mencionou o ex-ministro, que reforçou: “Há uma falta de proteção do Estado para esses profissionais”.
“Se a gente valorizar os profissionais de segurança pública e atuar em conjunto com o governo federal, principalmente na questão da inteligência e utilizar monitoramento, a gente vai melhorar a percepção de segurança”, completou, defendendo melhorias nos salários e na assistência médica e jurídica, assim como compartilhamento de polícias, monitoramento de instalações críticas, compartilhamento e atuação conjunta na área de inteligência. Outro ação defendida por Tarcísio para a segurança pública é a “asfixia financeira” do crime organizado, com combate às quadrilhas. O candidato ao Palácio dos Bandeiras menciona, por exemplo, que o Porto de Santos é um “polo exportador de droga e receptador de armas” e defende – mais uma vez – uma cooperação entre governo federal e governo estadual. “Temos que trabalhar de forma harmônica”, acrescentou. Apesar das ideias já estruturadas, Tarcísio Gomes de Freitas reconheceu que ainda não escolheu o nome para a secretaria de Segurança Pública, mas garantiu que a decisão será técnica.
“Esse exemplo que o Bolsonaro me deu eu vou seguir na montagem do secretariado no Estado de São Paulo. Isso faz a diferença. Ter o Paulo Guedes como ministro da Economia é um luxo; Tereza Cristina como ministra da Agricultura foi um luxo; Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central, outro luxo. Porque são pessoas muito qualificadas”, afirmou.
Segundo pesquisa DataFolha divulgada nesta quinta-feira, 18, Tarcísio tem 16% das intenções de votos em São Paulo, contra 11% de Rodrigo Garcia (PSDB), que aparece em terceiro lugar, e atrás de Fernando Haddad (PT), que lidera com 38% no Estado. Neste cenário, o ex-ministro enxerga o petista como seu principal oponentes, apesar de outros levantamentos mostrarem um embate com o tucano por uma vaga no segundo turno.
“A eleição de São Paulo vai se espelhar em alguma medida a eleição nacional. Acredito que a gente vai ter aqui um candidato do PT e um candidato anti-PT e esse candidato sou eu, né? Que represento aqui em São Paulo o presidente Jair Bolsonaro. Então o meu adversário vai ser o Fernando Haddad”, afirmou. Com 22 pontos percentuais de desvantagem do petista, Tarcísio de Freitas reconhece que o ex-ministro da Educação é mais conhecido no Estado, o que reflete nas pesquisas eleitorais, mas acredita em espaço para avanços. “candidato a presidente, tem conexão com nome do Lula, é um candidato que é conhecido por total população. A gente vai mostrar o nosso trabalho ao longo do tempo. Estou muito otimista com relação a chegada no segundo turno. A pesquisa para mim é uma fotografia de um momento é marca aquele momento específico”, concluiu. O primeiro turno das eleições acontece em 2 de outubro, enquanto o segundo turno está marcado para 31 de outubro.