sábado, 21 de setembro de 2024
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TAM proíbe pouso com apenas um reverso em Congonhas

O diretor de segurança da TAM, Marco Aurélio Castro, afirmou, durante o depoimento à CPI do Apagão Aéreo na Câmara nesta terça-feira, que os pilotos da companhia estão proibidos de…

O diretor de segurança da TAM, Marco Aurélio Castro, afirmou, durante o depoimento à CPI do Apagão Aéreo na Câmara nesta terça-feira, que os pilotos da companhia estão proibidos de pousar no aeroporto de Congonhas, em São Paulo, com apenas um reverso (que auxilia na frenagem) funcionando.

Castro ainda revelou que os pilotos também estão proibidos de pousar em Congonhas quando a pista estiver com mais de três milímetros de água. Segundo o diretor, as ordens foram determinadas depois do acidente do Airbus-A320, que tinha um reverso travado.

Porém, Castro disse que os pilotos não recebem treinamento específico para voar com o reverso – um dos equipamentos que ajudam a frear o avião – pinado (travado).

Segundo ele, voar nessa situação é um procedimento normal e que os pilotos fazem outros tipos de treinamento muito mais difíceis do que com o reverso, como por exemplo voar com um motor só. “Se eu estivesse com o reversor pinado não me preocuparia”.

Ele afirmou que o freio automático compensa a ausência do reverso. “Muitas vezes um piloto vai passar a vida inteira voando e não vai ter um reverso pinado”.

Castro revelou que apenas no Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, há restrição para pouso com reverso pinado, porque a pista é curta, mas naquele aeroporto a TAM não opera com Airbus.

O diretor informou que, desde o acidente, no dia 17 de julho, a TAM está em consulta permanente com a Airbus, fabricante do avião, no sentido de não operar em Congonhas com o reverso pinado

Ele também disse que o fato de o avião estar com apenas um reverso funcionando não poderia significar motivo de preocupação para os pilotos.

Segundo Castro, ele ainda que a caixa-preta mostre que um dos manetes estava em posição de aceleração, é difícil que os pilotos tenham, voluntária ou acidentalmente, posto apenas um manete em posição idol (ponto morto).

“É mais difícil puxar um manete só e deixar o outro, do que puxar os dois ao mesmo tempo”. Ele comparou a operação ao ato de frear um carro, na qual é automático tirar o pé do acelerador para reduzir a velocidade.

Castro disse que a TAM está em processo de compra do software FW3, que avisa quando o manete está fora de posição. Segundo ele, até o acidente, o software não havia sido comprado porque estava em processo de testes.

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