Os dois suspeitos de terem cometido o atentado contra a redação de uma revista em Paris estão sendo perseguidos pelas forças de segurança e fizeram pelo menos um refém em uma empresa em Dammartin-em-Goele, informou nesta sexta-feira (9) a imprensa francesa.
O ministro do Interior, Bernard Cazeneuve, confirmou, separadamente, que uma operação policial estava em andamento na cidade, a cerca de 40 km do local onde a polícia vinha procurando os dois irmãos suspeitos na quinta-feira (8).
“Atualmente uma operação está em andamento em Dammartin-en-Goele, para a qual se mobilizaram todos os efetivos no terreno”, anunciou em uma declaração à imprensa o ministro do Interior, Bernard Cazeneuve.
A unidade especial de intervenção da Gendarmaria (GIGN) está no lugar e realiza a operação, acrescentou o ministro. Segundo o canal de televisão RTL, os irmãos Kouachi se refugiaram em uma empresa nessa cidade e fizeram reféns, fato que não foi confirmado pelo ministro.
Por volta das 8h40 (horário local, 5h40 em Brasília), de acordo com essa fonte, os dois homens tomaram à força um veículo, um Peugeot 206, de uma mulher na cidade de Montagny-Sainte-Félicité, no departamento de Oise, que os identificou como os irmãos Kouachi.
Alguns minutos mais tarde, já em Dammartin-en-Goele, a 40 km de Paris, aconteceu um tiroteio com a polícia.
Uma testemunha citada pela RTL” explicou que tinha escutado dois tiros e que pouco depois chegaram helicópteros e as forças de segurança, que ordenaram aos moradores que não saiam de suas casas e que mantenham suas janelas fechadas.
Por outro lado, o ministro informou em seu pronunciamento que a investigação sobre o assassinato de uma policial municipal ontem em Montrouge, no sul de Paris, também teve avanços significativos nas últimas horas e que se mobilizaram todos os serviços disponíveis para “deter os autores no menor tempo possível”.
Os suspeitos são dois irmãos franceses filhos de argelinos, ambos na casa dos 30 anos e que já estavam sob observação da polícia. Teriam sido eles que na quarta-feira invadiram a sede do jornal semanal de sátiras Charlie Hebdo, em Paris, e mataram a tiros 12 pessoas.