O adolescente de 17 anos apreendido na manhã desta terça-feira (19) detalhou há 5 meses, em conversa pelo WhatsApp, o atentado executado por Guilherme Taucci, 17, e Luiz Henrique de Castro, 25, na última quarta-feira (13). A tragédia, que ocorreu na Escola Estadual Raul Brasil, em Suzano, na Grande São Paulo, deixou dez mortos.
Segundo o portal de notícias UOL, em uma conversa no dia 18 de outubro do ano passado, o jovem disse a um interlocutor, ainda não identificado pela polícia, como seria a ação. Segundo a polícia, ele disse que queria ter atuado no atentado, mas que foi excluído pelos dois assassinos.
De acordo com o suspeito, a estratégia para o massacre se baseava em “alguns jogos”. “Nos baseamos em alguns jogos para pensar nisso, tipo matar uma galera”, disse o suspeito, de acordo com o UOL. No bate-papo, ele ainda citou alguns fatos que não ocorreram no ataque, como o uso de granadas e estupros.
Conforme consta nos autos, o terceiro suspeito disse em um grupo de WhatsApp, logo após o masscre, que Taucci fez “igual os meus planos, era bem na hora do intervalo”. “Mano, eram dois atiradores, foi tudo planejado”, e completa: “Mano, foi o Taucci, um atirador tinha um machado, que a gente foi comprar”.
Ele também mandou uma mensagem para Taucci. “Teve um tiroteio dentro da escola. Mano, dois adolescentes e eles se mataram. Taucci, um dos atiradores tinha um machado igual o seu”.
O suspeito disse não ter ficado surpreso com o crime porque ele “faria mesmo”. “Porém a minha irmã estava lá”, disse. A irmã do adolescente também é aluna do Raul Brasil e segundo depoimento de testemunha teria sido poupada por um dos autores do massacre.