Treze dias após a morte do advogado votuporanguense, José Arthur Vanzella Seba, de 32 anos, a DIG (Delegacia de Investigações Gerais) de São José do Rio Preto ainda não identificou o suspeito de ter cometido o crime.
Thui Seba, como era conhecido, foi morto a tiros no dia 19 de julho, na avenida Mirassolândia, em Rio Preto. De acordo com o delegado Wander Luciano Solgon, as investigações para descobrir a autoria do homicídio prosseguem, porém, a polícia não tem nenhum suspeito até o momento.
“Estamos confrontando os depoimentos e checando a veracidade das informações. As testemunhas já foram ouvidas”, revela o titular da DIG, emendando que o motivo do crime também segue sem solução.
A previsão inicial era resolver o caso em cinco dias. O Diário expôs ao delegado que a população de Votuporanga cobra punição dos envolvidos no homicídio. Solgon afirmou que não pode dar detalhes sobre o crime, para não prejudicar as investigações, entretanto, garantiu empenho para solucionar o caso.
Vítima
Thui era filho do secretário municipal de Planejamento de Votuporanga, Jorge Seba. A morte do advogado chocou a população, que externou solidariedade à família por meio das redes sociais.
Ele deixou ainda a mãe, Rose Vandella Seba, a esposa Juliana Masson Seba, e uma filha, de seis meses.
O crime
Conforme consta no Boletim de Ocorrência, registrado na Central de Flagrantes de São José do Rio Preto, a PM foi acionada por volta das 15h30. Ao chegar ao local indicado, o bairro Buriti, na Zona Norte, a PM afirma que equipes de resgate tentavam reanimar a vítima, porém, sem sucesso. Thui foi vitima de disparos que atingiram a região da cervical.
O sócio do jovem, identificado como C.Y.B., que acompanhava Thui no local e presenciou os fatos, relatou à polícia que os dois estavam naquela área verificando terrenos para aquisição e investimentos. Ele conta que, nas imediações, havia um homem “bem vestido” que indagou se ambos queriam comprar um terreno. Com a afirmativa da dupla, o mesmo ofereceu um lote de esquina.
Quando estavam verificando a área, “fazendo a metragem” como foi relatado pela testemunha, a vítima teria ficado no interior do veículo utilizando seu celular. A testemunha conta que o desconhecido em questão tinha “cara de bandido” e, ainda, em determinado momento, viu o tal homem discutindo com Arthur.
“Em seguida ouviu ele [José Arthur] gritar corre, C. e então ouviu tiros”, consta no testemunho. Próximo ao local, o rapaz pediu auxílio a outro homem que passava por ali.
O sócio de Thui contou à PM que o autor dos disparos estava em um veículo modelo Celta ou Pálio, de cor prata, e que este evadiu-se logo após o ocorrido.
A perícia, ao chegar ao local, localizou um projétil de arma de fogo. Já o delegado, Wander Luciano Solgon, e seus agentes, apreenderam no local os aparelhos de telefone da vítima e da testemunha, além de uma mochila contendo vários documentos, objetos dos dois e mais R$7.940.
O delegado que atendeu a ocorrência, Eder Galavotti, afirmou que o caso ainda está confuso, já que possui somente uma versão dos fatos. Como o autor dos disparos ainda não foi identificado, o crime será investigado pela Delegacia de Investigações Gerais de Rio Preto.