A Polícia Civil de São Paulo informou, na manhã de hoje (8), que o suspeito de ter ateado fogo em um homem em situação de rua vivia em condições semelhantes, há 25 anos, também na região. A identificação do autor do crime ocorrerá somente após a conclusão das investigações. Até o momento, a polícia divulgou oficialmente apenas que o homem tem 49 anos e nasceu em Minas Gerais.
De acordo com a delegada titular do 18º Distrito Policial (DP), Silvana Sentieri Françolin, o suspeito relatou a agentes que conhecia a vítima há quatro anos. A delegada informou ainda que o suspeito foi reconhecido por uma pessoa que viu as imagens registradas em câmeras de segurança. Ainda segundo a Polícia Civil, ele teve uma madeixa de cabelo queimada e há indícios de que o combustível usado no crime foi gasolina.
O mandado de prisão foi cumprido na madrugada de hoje, quando ele foi localizado na região do Cambuci, zona central de São Paulo. E o suspeito ficará detido por 30 dias, na unidade policial.
A Polícia Civil informou que o suspeito confessou o crime, mas que ainda há divergências que precisam ser averiguadas. De acordo com a polícia, a versão apresentada às autoridades policiais é a de que ele efetuou um saque de R$ 10 mil de uma poupança que mantém e que a quantia foi furtada momentos antes da agressão.
De acordo com o delegado titular da 56ª DP, Glaucus Vinicius Silva, que acompanha o caso, o relato parece ter inconsistências, já que não faria sentido uma pessoa em situação de rua ter disponível um montante de dinheiro tão elevado. “Esse fato ainda não convenceu a polícia”, disse, acrescentando que, se indiciado, o homem deverá responder por homicídio doloso qualificado.
Glaucus Silva destacou que o suspeito já teve passagens na polícia, que resultaram em termos circunstanciados. Esse tipo de registro documenta infrações de menor potencial ofensivo. “Mas não devem ser levados em consideração, porque já prescreveram [para fins de antecedentes criminais]”, disse.
Questionada se o suspeito será submetido a exames psicológicos, que poderiam indicar insanidade mental ou transtornos, a Policia Civil disse que tais procedimentos podem, se necessários, ser realizados posteriormente, enquanto a investigação avança.